O Hamas está em busca de vantagem ao descumprir os termos do acordo de libertação de reféns. É o que afirma Igor Sabino, gerente de conteúdo da StandWithUs Brasil, entidade internacional que, em seu site oficial, afirma ser apartidária e se dedicar a “educar as pessoas sobre Israel”e ser contra o antissemitismo.
Pelo acordo de cessar-fogo,o Hamas libertaria todas as mulheres civis antes das soldadas. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu denunciou a violação.”
Ao libertar uma soldada das Forças de Defesa de Israel no lugar de Yehuda, o grupo terrorista busca ganhar vantagens em relação a Israel, já que, segundo os termos do cessar-fogo, para cada soldada libertada do cativeiro na Faixa de Gaza, 50 prisioneiros palestinos seriam soltos. Ou seja, com essa medida, foram soltos hoje quase o dobro de detentos que era esperado”, afirmou Sabino ao iG.
O Hamas informou que está comprometido com o acordo, e falou em complicações técnicas para tentar justificar o descumprimento das regras.
Sabino afirma que a atitude do Hamas gerou insatisfação, e, em resposta, Israel proibiu o retorno dos civis palestinos ao norte da Faixa de Gaza, colocando como condição a libertação de Yehud. “Observadores, inclusive, acreditam que é possível que o Hamas ceda e liberte a civil ainda esta semana, antes do próximo domingo (02), quando deve haver a libertação de mais quatro reféns. Não se pode, contudo, confiar nisso” , observou o especialista.
Arbel Yehud, atualmente com 29 anos, foi sequestrada em outubro de 2023, quando estava ao lado do namorado, no kibbutz Nir Oz, no dia em que terroristas do Hamas lançaram um ataque, matando 25% da população do kibbutz, de acordo com o noticíário internacional.
Trata-se de uma das últimas reféns civis femininas com possibilidade de estar viva. Israel esperava que a libertação faria parte do acordo para a soltura do próximo grupo de pessoas libertadas.
Se Israel retaliará com medidas próprias,violando os termos do acordo, não se sabe. Os palestinos devem retornar ao norte da faixa de Gaza neste domingo (26). “O que fica evidente é que, mais uma vez, o Hamas tem buscado atrapalhar as buscas pela paz na região”, conclui Sabino.