Eliésia Moraes da Silva Alves vai responder em regime fechado pelo assassinato de Vera Lúcia de Oliveira Alves. Crime aconteceu em 2015. Uma mulher, de 60 anos, condenada a 10 anos de prisão por matar a companheira asfixiada em um quarto de hotel foi presa na noite de terça-feira (28) em Volta Redonda (RJ).
O crime aconteceu em março de 2015. Na ocasião, a Polícia Civil informou que a vítima, identificada como Vera Lúcia de Oliveira Alves, foi encontrada nua, em cima da cama, coberta até o pescoço por um cobertor e com um travesseiro no rosto.
Eliésia Moraes da Silva Alves, presa nesta terça-feira em Volta Redonda
Divulgação/Polícia Civil
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, “o crime foi cometido por meio cruel, consistente em asfixia mecânica mediante esganadura.”
À época, a assassina de Vera, Eliésia Moraes da Silva Alves, foi presa após confessar o crime, mas acabou solta.
Ela foi condenada em julho de 2019, porém, voltou a ser presa apenas na terça-feira após o mandado de prisão condenatória ter sido expedido pela Justiça.
Eliésia foi encontrada na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Belmonte, em Volta Redonda. Ela foi levada para a delegacia e, em seguida, será transferida para o sistema prisional.
A mulher vai responder em regime fechado por homicídio qualificado. O g1 tenta contato com a defesa dela.
‘Foi um ataque de loucura’, disse assassina
Mulher é encontrada morta em quarto de hotel de Volta Redonda, RJ
O hotel onde ocorreu o crime funcionava no Centro da cidade. O assassinato foi descoberto por um funcionário, que abriu a porta do quarto com a chave reserva depois de tentar contato com Vera e Eliésia desde a tarde do dia anterior.
Quando a polícia chegou ao local, encontrou a vítima já morta em cima da cama e a assassina, aparentemente sob efeito de drogas, em um outro canto do quarto.
À época, Eliésia disse à Polícia Civil que havia tomado um remédio para dor de cabeça e acordado só no dia seguinte, mas depois confessou o crime e acabou presa.
“Foi um ataque de loucura mesmo. Eu já faço tratamento com psiquiatra tomando uns remédios para depressão… Acho que foi um momento de loucura mesmo, porque eu amava muito ela. Jamais eu ia ter coragem de fazer qualquer mal que fosse para ela. Nunca”, contou a assassina a uma equipe da TV Rio Sul após ter sido levada para a delegacia.
Eliésia Moraes da Silva Alves, ao confessar o crime na delegacia em 2015
Reprodução/TV Rio Sul
“Elas tiveram uma discussão por motivos ligados ao relacionamento, que ela não quis entrar em detalhes. Ela perdeu a cabeça durante a discussão, agarrou no pescoço da vítima com muita força, porque estava com raiva, e a vítima perdeu os sentidos. Pela compleição física dela e pela compleição física da vítima, a vítima era bem mais forte que ela e não havia no local sinais de luta corporal e pelo menos não sinais aparentes de asfixia por esganadura, a gente acredita que a vítima foi dopada de alguma forma. E a asfixia se deu por esse travesseiro encontrado na face da vítima”, explicou o delegado responsável pelo caso na época, Aldedézio José de Oliveira Bispo Júnior.
Na ocasião, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Eliésia ao afirmar que ela, “de forma livre e consciente e com intenção de matar, mediante esganadura, apertou o pescoço da vítima com as mãos causando-lhe asfixia mecânica”.
O MPRJ afirmou ainda que Vera foi assassinada “por motivo fútil, consistente em uma discussão ligada ao relacionamento homoafetivo existente entre a acusada e a vítima, além de problemas familiares”.
No quarto em que as duas estavam hospedadas, foram encontrados três celulares, uma corda de tecido, um comprimido, uma ponta de cigarro de maconha e um pedaço de papel com vestígios de um material não identificado.
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Mulher condenada a 10 anos de prisão por matar a companheira asfixiada em quarto de hotel é presa em Volta Redonda
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