Dois anos e dois meses depois do início das investigações, a Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito da Operação Presságio, que apurou, em três fases, um esquema complexo de desvio de recursos públicos por meio de organizações sociais e contratos fraudulentos em Florianópolis. No final, dez pessoas foram indiciadas por peculato, falsidade ideológica e organização criminosa.
Relatório final da Operação Presságio foi concluído pela Polícia Civil de SC – Foto: PCSC/Reprodução/ND
A conclusão do inquérito foi feita na última sexta-feira (31), com a investigação comandada pela DCAC/DEIC (Delegacia de Crimes Ambientais e Crimes contra as Relações de Consumo da Diretoria Estadual de Investigação Criminal).
O que a Polícia Civil concluiu no inquérito da Operação Presságio
Segundo a Polícia Civil, dez pessoas foram indiciadas por peculado e falsidade ideológica, sustentadas pelas notas fiscais emitidas com nomes falsos.
Os investigadores concluíram que os desvios de verbas públicas iniciaram em 2019 e foram ampliados para projetos sociais e secretarias da prefeitura. Nessa ampliação, estrutura organizacional do grupo foi ganhando desenhos cada vez mais complexos, com os investigados atuando em camadas com liderança, hierarquia e divisão de tarefas atribuídas a cada integrante. Conforme a polícia, a organização criminosa era uma engrenagem que funcionava de forma ordenada, nos moldes de uma empresa.
Para a Polícia Civil, o ano de 2023 foi o ápice das movimentações financeiras da organização. “Se a Operação Presságio não tivesse desmantelado e freado as atividades criminosas do grupo no início do ano de 2024, os prejuízos aos cofres públicos seriam expressivamente maiores”, destacou a delegada Patrícia Cristina Fronza Vieira, que liderou as investigações.
