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Nessa sexta-feira (21), Danilo Costa havia sido denunciado pelo Ministério Público De Minas Gerais (MPMG). TV Globo teve acesso com exclusividade ao documento da denúncia. Ministério Público denuncia médico Danilo da Costa
A Polícia Civil instaurou mais um inquérito para investigar novas denúncias de abuso sexual contra o médico mastologista Danilo Costa, de 46 anos.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, as vítimas são de Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo e Barão de Cocais, todas cidades na Região Central do estado.
Danilo Costa, de 46 anos, foi preso no dia 4 deste mês, em Itabira, na Região Central de Minas Gerais. A prisão ocorreu depois que uma paciente com câncer de mama relatou ter sido estuprada durante uma consulta. O crime aconteceu no ambulatório do Hospital Nossa Senhora das Dores, no dia 24 janeiro.
A filha da vítima foi quem procurou a Polícia Militar para registrar a ocorrência, após a mãe chegar bastante abalada em casa. A mulher relatou que procurou o centro de saúde para um atendimento e foi violentada. A vítima teria entrado em casa aos prantos alegando que o médico iniciou a consulta sem dar boa tarde, fechou a porta da sala, a colocou na parede, levantou sua saia e a estuprou.
Após a prisão do médico, outras vítimas procuraram a polícia e disseram ter sido violentadas por Danilo. Uma delas sofreu os abusos em 2015. Ao todo, pelos menos 20 mulheres já prestaram depoimento.
Primeiro inquérito concluído
Danilo foi denunciado nesta sexta-feira (21) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em uma primeira investigação. Ela apontou que o médico teria cometido os crimes de estupro, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual contra pacientes (muitas delas em tratamento de câncer de mama) e funcionárias do hospital.
Segundo a denúncia, o médico se aproveitada da vulnerabilidade das vítimas de diversas formas. Em alguns dos casos, o médico as surpreendia, as agarrava à força e as estuprava. A maior parte dessas vítimas eram atendidas pela rede pública de saúde. Alguns casos não puderam ser incluídos na ação penal porque alguns dos crimes já prescreveram.
O Ministério Público, informou, ainda, que o Hospital Nossa Senhora das Dores, onde o médico trabalhava, será investigado por suposta conivência com os crimes. Em um dos casos relatados, uma funcionária pediu demissão da unidade hospitalar após sofrer abusos.
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O mastologista Danilo Costa
Reprodução