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A cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, está considerando uma nova proposta de lei que proibiria lojas de vape e tabacarias de operarem a menos de 1.000 pés (cerca de 300 metros) de escolas primárias e secundárias, segundo o jornal local Atlanta News First.
A proposta foi apresentada pela vereadora de Atlanta, Liliana Bakhtiari, que disse estar preocupada com a facilidade de acesso dos jovens aos produtos de vape.
“Precisamos fazer tudo o que pudermos para tornar esses produtos menos acessíveis para os jovens”, disse Bakhtiari ao jornal. “Eles contêm substâncias químicas desconhecidas na maioria dos casos. Já foram feitos estudos que mostram como afetam os pulmões em desenvolvimento.”
Slaim Rajan, gerente da de uma loja do produto na cidade, destacou a importância de verificar a idade dos clientes antes de vender produtos de tabaco.
“Se você entrar na loja, precisa ter um documento de identidade. Caso contrário, não permitiremos a venda para você”, disse Rajan ao jornal.
Rajan acredita que garantir que produtos destinados a maiores de 21 anos não cheguem às mãos erradas é uma responsabilidade dos donos de lojas de tabaco.
“Sim, acho que deveria haver uma área onde esses negócios não possam existir. Tenho filhos e nunca gostaria que alguém os incentivasse a usar esses produtos”, afirmou.
Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), o uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes diminuiu nos últimos anos. Em 2024, 5,9% dos alunos do ensino fundamental e médio relataram ter usado e-cigarros nos últimos 30 dias. No entanto, os cigarros eletrônicos ainda são o produto de tabaco mais consumido entre os jovens.
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Além da restrição próxima às escolas, a proposta de Bakhtiari também impediria que novas lojas de vape fossem abertas a menos de 1.000 pés umas das outras, para evitar a concentração excessiva desses estabelecimentos.
“Queremos que os corredores comerciais sejam vibrantes, com negócios que as pessoas possam frequentar para fazer compras e apoiar. Em vez disso, estamos vendo lojas de vape surgirem lado a lado e em frente umas às outras”, afirmou Bakhtiari.
Se a proposta for aprovada, as lojas já estabelecidas nessas áreas restritas não serão afetadas, pois terão direitos adquiridos para continuar operando.
Rajan apoia a nova regra, afirmando que ela representa uma proteção extra para os pais.
“Acho que as crianças devem esperar até a idade certa para poderem ter acesso a esses produtos”, disse ele.
A proposta será analisada primeiro por um comitê e precisará da aprovação das Unidades de Planejamento Comunitário antes de seguir para uma votação no conselho da cidade.