Depoimento aparece em um dos vídeos da delação premiada do ex-ajudante de ordens. Ministro tornou as gravações públicas nesta quinta-feira (20). Cid confirma que Bolsonaro pediu monitoramento de Alexandre de Moraes
Vídeo da delação premiada de Mauro Cid mostra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro confirmando que o ex-presidente pediu o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e citou a palavra “professora” para se referir a ele.
“Sobre o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, eu reforço o que eu disse da outra vez: foi pedido pelo presidente Bolsonaro”, disse Cid.
Em outro vídeo, o ex-ajudante de Bolsonaro diz que o codinome usado pelo grupo para se referir a Moraes era “professora” e que o ex-presidente pediu para monitorar o ministro para confirmar se o general Mourão, seu vice na época, se encontrava com ele. Veja:
Em delação, Cid cita ‘professora’ para se referir a Moraes
Delegado: “quem era pessoa denominada codinome ‘professora’?”
Cid: ministro Alexandre de Moraes. Estavam se referindo a Moraes.
Delegado: quem realizou esse acompanhamento?
Vídeo: os pedidos foram feitos para o coronel Câmara.
O depoimento aparece em um dos vídeos da delação premiada do ex-ajudante de ordens. O ministro tornou as gravações públicas nesta quinta-feira (20).
Segundo Cid, o esquema fazia parte de uma operação secreta denominada “Copa 2022”, cujo objetivo era a “neutralização” do magistrado.
Denúncia da PGR aponta pedido de monitoramento
De acordo com o relato que consta na denúncia da Procuradoria-geral da República enviada ao STF na terça-feira (18), os primeiros pedidos de monitoramento de Moraes partiram de Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, ambos denunciados pela PGR) e apontados como articuladores da operação.
A estratégia incluía o rastreamento dos deslocamentos de Moraes e a coleta de informações sobre sua rotina.
Cid também disse que os pedidos iniciais partiram de Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima na operação “Copa 2022”, plano para matar Moraes, além dos então eleitos, presidente Lula, e vice-presidente Geraldo Alckmin.
Mauro Cid também mencionou o envolvimento de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro e figura-chave nas ações violentas investigadas. Em seu depoimento, afirmou:
“O monitoramento então foi solicitado pelo colaborador ao Coronel Marcelo Câmara, que era quem realizava essas operações.”
No vídeo divulgado nesta quinta-feira (20), ele cita Câmara: “E o contato do coronel Câmara era um elemento do TSE. Eu não sei, não tenho contato. Nunca falei…”.
A PGR destaca que o plano se intensificou às vésperas do Natal de 2022, quando Bolsonaro ordenou que a vigilância sobre Moraes fosse reforçada.
“Sobre as solicitações feitas a Marcelo Câmara às vésperas do Natal, [Mauro Cid] informou que quem solicitou o monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes ‘foi o ex-Presidente Jair Bolsonaro’”, aponta a denúncia da PGR.
PGR: Bolsonaro e Braga Netto eram líderes do golpe
Cabe ao STF analisar as denúncias e decidir se Bolsonaro e seus aliados se tornarão réus por crimes contra o Estado democrático de direito.
Vídeo da delação premiada de Mauro Cid mostra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro confirmando que o ex-presidente pediu o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e citou a palavra “professora” para se referir a ele.
“Sobre o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, eu reforço o que eu disse da outra vez: foi pedido pelo presidente Bolsonaro”, disse Cid.
Em outro vídeo, o ex-ajudante de Bolsonaro diz que o codinome usado pelo grupo para se referir a Moraes era “professora” e que o ex-presidente pediu para monitorar o ministro para confirmar se o general Mourão, seu vice na época, se encontrava com ele. Veja:
Em delação, Cid cita ‘professora’ para se referir a Moraes
Delegado: “quem era pessoa denominada codinome ‘professora’?”
Cid: ministro Alexandre de Moraes. Estavam se referindo a Moraes.
Delegado: quem realizou esse acompanhamento?
Vídeo: os pedidos foram feitos para o coronel Câmara.
O depoimento aparece em um dos vídeos da delação premiada do ex-ajudante de ordens. O ministro tornou as gravações públicas nesta quinta-feira (20).
Segundo Cid, o esquema fazia parte de uma operação secreta denominada “Copa 2022”, cujo objetivo era a “neutralização” do magistrado.
Denúncia da PGR aponta pedido de monitoramento
De acordo com o relato que consta na denúncia da Procuradoria-geral da República enviada ao STF na terça-feira (18), os primeiros pedidos de monitoramento de Moraes partiram de Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, ambos denunciados pela PGR) e apontados como articuladores da operação.
A estratégia incluía o rastreamento dos deslocamentos de Moraes e a coleta de informações sobre sua rotina.
Cid também disse que os pedidos iniciais partiram de Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima na operação “Copa 2022”, plano para matar Moraes, além dos então eleitos, presidente Lula, e vice-presidente Geraldo Alckmin.
Mauro Cid também mencionou o envolvimento de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro e figura-chave nas ações violentas investigadas. Em seu depoimento, afirmou:
“O monitoramento então foi solicitado pelo colaborador ao Coronel Marcelo Câmara, que era quem realizava essas operações.”
No vídeo divulgado nesta quinta-feira (20), ele cita Câmara: “E o contato do coronel Câmara era um elemento do TSE. Eu não sei, não tenho contato. Nunca falei…”.
A PGR destaca que o plano se intensificou às vésperas do Natal de 2022, quando Bolsonaro ordenou que a vigilância sobre Moraes fosse reforçada.
“Sobre as solicitações feitas a Marcelo Câmara às vésperas do Natal, [Mauro Cid] informou que quem solicitou o monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes ‘foi o ex-Presidente Jair Bolsonaro’”, aponta a denúncia da PGR.
PGR: Bolsonaro e Braga Netto eram líderes do golpe
Cabe ao STF analisar as denúncias e decidir se Bolsonaro e seus aliados se tornarão réus por crimes contra o Estado democrático de direito.