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As corridas devem ser liberadas a partir desta quinta-feira (20) e serão financiadas com o valor do subsídio que seria repassado para as empresas de transporte da capital. A Prefeitura de São Luís começou a cadastrar usuários do transporte público para o uso de corridas por aplicativo pagas pelo município enquanto durar a greve dos rodoviários. O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) na noite dessa quarta-feira (19).
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Cada pessoa cadastrada terá direito a dois vouchers por dia, no valor de R$ 30 cada. Caso a corrida ultrapasse esse valor, o passageiro terá que pagar a diferença.
A medida busca amenizar os impactos da paralisação dos ônibus, que começou na última segunda-feira (17) e afeta cerca de 700 mil passageiros na Grande Ilha. As corridas devem ser liberadas a partir desta quinta-feira (20) e serão financiadas com o valor do subsídio que seria repassado para as empresas de transporte da capital. Entretanto, a Prefeitura ainda não explicou como isso será feito.
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A greve dos rodoviários segue sem previsão de encerramento, e uma nova reunião de conciliação está prevista para esta quinta-feira.
Como se cadastrar
Para ter acesso ao benefício, o usuário deve preencher um cadastro no site da Prefeitura de São Luís
Reprodução/Prefeitura de São Luís
Para ter acesso ao benefício, o usuário deve preencher um cadastro no site da Prefeitura de São Luís, informando:
Nome completo;
CPF;
Número de celular cadastrado no aplicativo de transporte;
Código do cartão de transporte urbano.
Acordo com empresas do semiurbano
Após horas de negociação, os rodoviários e empresários chegaram a um acordo para por fim a greve somente do sistema semiurbano de São Luís. Nessa quarta-feira (19), nas primeiras horas da manhã, os ônibus que atendem as cidades de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, voltaram a circular.
O acordo foi realizado com a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) foi decidido um reajuste salarial de 7% para os trabalhadores e um aumento de 10% no valor do ticket alimentação.
Corridas por aplicativo pagas pela prefeitura
O prefeito Eduardo Braide havia anunciado, na segunda-feira (17), que havia encaminhado à Câmara Municipal um Projeto de Lei pedindo a abertura de uma nova licitação do transporte público de São Luís e autorizando a Prefeitura a pagar corridas por aplicativos para a população durante o período da greve.
O pedido foi analisado com caráter de urgência pela Câmara e aprovado na terça-feira (18). Com isso, o prefeito anunciou que o projeto seria colocado em prática. O dinheiro usado para o pagamento das corridas seria do subsídio de R$ 89 milhões pagos por ano, pela Prefeitura, as empresas de transporte.
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Nova licitação do transporte de São Luís
Devido a aprovação do Projeto de Lei, que já foi sancionado pelo prefeito, a Prefeitura deve abrir um novo processo de licitação para a contratação de novas empresas para prestar serviços no transporte público de São Luís.
Com isso, o contrato firmado em 2016 com as empresas de transporte público que já atuam no município e estava previsto para durar 20 anos será revogado. Já o subsídio para corridas de aplicativos tem validade até o fim da greve dos rodoviários, que começou na segunda-feira (17) e afeta 700 mil pessoas.
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Greve dos rodoviários
Os rodoviários do transporte público de São Luís e de toda região metropolitana iniciaram uma greve geral desde as primeiras horas dessa segunda-feira (17).
A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema), após a reunião realizada para tratar das exigências da categoria terminar sem acordo na última sexta-feira (14). Veja, abaixo, o que pede a categoria:
Ticket de alimentação para motorista que trabalha junto com o cobrador: R$ 1.300;
Ticket para motorista que atua, também, como cobrador: R$ 1.500,00;
Reajuste salarial de 15% para motorista que trabalha junto com o cobrador: R$ 2.961,25;
Reajuste de 25% para motorista que atua, também, como cobrador: R$ 3.218,75;
Inclusão de dois dependentes no plano de saúde e odontológico;
Seguro ao motorista em caso de falecimento, entre outros.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) obteve na Justiça uma liminar determinando que 80% da frota do transporte coletivo de São Luís circule durante a greve, mas a decisão não está sendo cumprida.