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Em Itu (SP), índice de perda ultrapassa 56,7%. Empresa de saneamento promete melhorias. Cidades do interior de SP perdem mais de 50% da água tratada por vazamentos na rede
Até 56% da água tratada em cidades das regiões de Sorocaba, Jundiaí e Itapetininga (SP) se perdem por vazamentos na rede de distribuição, segundo o Instituto Trata Brasil.
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O trabalho nas estações de tratamento é indispensável para que todos tenham acesso a um bem vital, a água potável. Esse processo conta com etapas rigorosas e monitoramento constante. Porém, segundo o Instituto, muita água tratada fica pelo caminho. É o caso de Itu, onde o índice de perda é de 56,7%.
O município tem quatro estações de captação. A maior delas fica no bairro Rancho Grande, responsável por abastecer 70% da cidade. Somente nela, passam diariamente quase 46 milhões de litros de água. Só que mais da metade disso tudo não chega até a torneira do morador.
Cidades das regiões de Sorocaba e Jundiaí perdem até 56% da água tratada por vazamentos na rede de distribuição
Reprodução/TV TEM
O índice de perda de água em Itu é maior que a média nacional, que é de 37,78%. No estado de São Paulo, o índice é de 34%.
De acordo com a Companhia Ituana de Saneamento (CIS), a média diária de consumo por habitante – incluindo casas, lojas, indústrias – é de 465 litros. Ao todo, são mais de 61 mil ligações de águas, muitas precisando ser reestruturadas.
André Bitencourt, diretor de comunicação CIS, diz que a cidade está trabalhando em um plano de redução das perdas. “Já vai impactar um pouco nesses números com a contratação de caça vazamentos, com a troca de 40 mil hidrômetros que apresentam certa deficiência na medição, na apuração do volume consumido e, principalmente, na troca de tubulação da rede de água e esgoto, que é muito antiga.”
O controle eficiente também é desafio em outras cidades. Em São Roque, 45,9% da água tratada é perdida. Em Sorocaba é de 35,8%; em Itapetininga chega 33,8%; e em Jundiaí é de quase 32%.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (NDT) considera aceitável, no máximo 25%, de perda.
Consciência também em casa
Itu (SP) tem o maior índice de perda de água
Reprodução/TV TEM
Assim como as companhias distribuidoras precisam agir, cada cidadão deve fazer sua parte. Na casa do psicólogo José Anésio, a torneira é aberta rapidamente para molhar a louça e só depois de tudo ensaboado, ela é aberta novamente para enxaguar.
“Sou aquela pessoa angustiada quando vê as pessoas lavando louça com a torneira aberta, a gente fica com vontade de ir lá e fechar. Não faz muito sentido a gente estar com a torneira aberta enquanto a gente não está usando a água”, conta.
A professora Daniele Sampaio diz que aproveita a água que lava os panos de prato para lavar panos de chão e o quintal. “A gente sempre tenta reaproveitar essa água de alguma forma.”
Lidiane Vencel, tecnóloga em gestão ambiental, fala sobre o fato de a água ser um recurso finito e precisa ser usado com consciência. “A gente sabe o trabalho que dá fazer a captação, o tratamento dessa água para fazer a distribuição. Pequenas atitudes fazem com que essas águas durem mais tempo. A gente consegue ter um uso melhor dela, mais eficiente.”
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