![](https://static.ndmais.com.br/2025/02/agua-viva-fantasma-gigante.jpg)
Os mares abrigam diversas criaturas surpreendentes e com características únicas. Entre os animais impressionantes, uma espécie possui nome imponente e que coloca medo em seus adversários: conheça a água-viva fantasma gigante.
![Imagem da água-viva fantasma gigante no mar Imagem da água-viva fantasma gigante no mar](https://static.ndmais.com.br/2025/02/agua-viva-fantasma-gigante-800x600.jpg)
A água-viva fantasma gigante pode chegar a 10 metros de comprimento – Foto: Reprodução/Live Science/ND
Água-viva fantasma gigante: o titã do fundo do mar
O primeiro exemplar da espécie foi encontrado em 1899 e descrito em 1910. Desde então, esses incríveis animais só foram vistos 120 vezes. A dificuldade em encontrar se deve ao fato de eles viverem em águas profundas, a até 6.700 metros abaixo da superfície.
Para sobreviver nessas profundidades, a água-viva fantasma gigante possui um corpo altamente compressível e flexível, o que a ajuda a suportar as pressões extremas do ambiente.
Ao contrário de outras águas-vivas, essa espécie não possui tentáculos urticantes para capturar presas. Em vez disso, envolve seus longos “braços” em torno da comida — geralmente plâncton ou pequenos peixes — e a conduz até sua boca.
Em 2022, pesquisadores registraram águas-vivas fantasmas gigantes em três ocasiões distintas durante expedições submersíveis na Antártida. Vídeos e imagens capturaram as criaturas nadando em profundidades relativamente rasas, entre 80 e 280 metros.
No estudo que detalha os avistamentos, pesquisadores sugerem que a espécie pode se aproximar mais da superfície nessa região devido às variações sazonais na luz solar, que podem atrair suas presas para águas menos profundas.
Filhotes na boca e emissão de luz
Segundo o portal Live Science, a água-viva fantasma gigante também se difere de outras águas-vivas por ser vivípara, ou seja, os animais dão à luz filhotes vivos, sem colocar ovos.
Os filhotes se desenvolvem dentro da mãe antes de se desprenderem de dentro do capuz e nadarem para fora da “boca” da mãe.
Outro fato curioso é que, quando há luz visível, a espécie emite uma leve luz laranja-avermelhada por meio da bioluminescência, produzindo essa luz por meio de reações químicas naturais.
Não se sabe exatamente por que elas brilham, mas os pesquisadores acreditam que pode ser para se comunicar, confundir predadores, atrair presas ou atrair parceiros para a reprodução. No entanto, como essas águas-vivas vivem no oceano profundo, seu brilho é muito fraco, o que provavelmente ajuda a mantê-las escondidas.
Elas também formam uma grande parceria com alguns peixes. Durante uma expedição no Golfo da Califórnia, pesquisadores avistaram pequenos peixes abrigados sob uma água-viva fantasma gigante. Em troca, os peixes ajudaram a água-viva removendo parasitas.