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Nesta semana, a exploração de petróleo no Brasil ganhou destaque após o presidente Lula (PT) criticar a demora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para autorizar pesquisas da Petrobras na Margem Equatorial, no Amapá.
Muito rica em petróleo e gás natural, a região engloba as zonas marítimas da costa do Brasil, Guiana, Suriname e outros países da América do Sul. Por isso, está frequentemente na mira de grandes empresas petrolíferas.
“Talvez essa semana ainda vá ter uma reunião da Casa Civil com o Ibama e nós precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa [na Margem Equatorial]. É isso que queremos. Se depois vamos explorar é outra discussão. O que não dá é ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo”, afirmou em entrevista a Rádio Diário FM, de Macapá, nesta quarta-feira (12).
A fala de Lula repercutiu negativamente entre ambientalistas, que defendem o trabalho do Ibama na proteção ambiental da região. Por outro lado, setores da indústria e aliados do governo demonstraram interesse no avanço dos estudos da Petrobras, que poderiam descobrir, entre outras coisas, o potencial econômico da região.
Qual é a situação atual do Petróleo no Brasil?
Conforme o relatório mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no ano de 2024, a produção acumulada de petróleo em território brasileiro foi de 1,229 bilhão de barris de petróleo. O índice é 1,01% menor que o registrado em 2023, quando foram produzidos 1,241 milhões de barris.
Apesar do decréscimo, o Brasil segue entre os principais produtores mundiais de petróleo, com uma produção média diária de 3,358 milhões de barris por dia em 2024, sendo que o pré-sal representou cerca de 78% desse volume. De acordo com o relatório da Trading Economics, o país ocupa o 8º lugar no ranking de maiores produtores do mundo.
Ainda, o Rio de Janeiro é quem mais produz o recurso no território nacional (cerca de 86,86% da produção), seguido por São Paulo (6,15%), Espírito Santo (4,66%), Rio Grande do Norte (0,97%) e Bahia (0,58%).
Em 2024, a Bacia de Santos, que vai de Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro (RJ), até a altura de Florianópolis, no estado de Santa Catarina (SC), liderou a produção nacional de petróleo, com 76,92% de participação. Já a Bacia de Campos – no norte do Rio e no sul do Espírito Santo – ocupa a 2ª posição, com participação de 20,30% na produção nacional.
Entre os campos marítimos, o de Tupi é quem teve a maior produção acumulada de petróleo em 2024, com um total de 2.682 milhões de barris de petróleo, seguido pelos campos de Marlim e Roncador, com produção de 2.639 milhões e 1.555 milhões, respectivamente.
Já nos terrestres, é o campo de Carmópolis que lidera a produção acumulada de 2024, com um total de 400 milhões de barris de petróleo, seguido pelos campos de Água Grande (320 milhões) e Canto do Amaro (296 milhões).