O slamsex, também conhecido como slamming, é uma modalidade do chemsex – prática que combina o uso de drogas com relações sexuais para potencializar prazer e duração. No caso do slamsex, a particularidade é o consumo de substâncias psicoestimulantes, como metanfetamina e mefedrona, por via intravenosa. Essa prática vem preocupando pessoas.
A prática vem se popularizando em grupos específicos, especialmente entre jovens – Foto: Freepik/ND
A prática vem se popularizando em grupos específicos, especialmente entre jovens, e levanta preocupações de saúde pública devido aos riscos associados, que vão desde a transmissão de infecções até impactos na saúde mental.
O que motiva o slamsex?
Estudos apontam que algumas pessoas recorrem ao slamsex como forma de escapar de problemas emocionais, como ansiedade e depressão. O efeito intenso das drogas, aliado à euforia do momento, pode reduzir inibições e facilitar experiências sexuais mais longas e intensas.
Além disso, o uso intravenoso das substâncias se torna parte central da experiência, influenciando a escolha dos parceiros sexuais. Em algumas comunidades, essa característica chega a ser um critério tão relevante quanto aparência ou preferências sexuais.
A linguagem do slamsex nas redes
O aumento da prática também levou à criação de códigos específicos em aplicativos de relacionamento – Foto: Freepik/ND
O aumento da prática também levou à criação de códigos específicos em aplicativos de relacionamento, facilitando o encontro entre adeptos. Alguns dos termos mais comuns incluem:
- HnH (High and Horny): estado de excitação e euforia induzido por substâncias.
- Tina (T): referência à metanfetamina.
- PnP (Party and Play): expressão usada para indicar o consumo de drogas durante encontros sexuais.
Riscos do slamsex
O slamsex envolve diversos perigos. O uso de seringas compartilhadas pode levar à transmissão de doenças como HIV e hepatites. Além disso, o consumo excessivo de drogas pode comprometer o discernimento e o consentimento, aumentando o risco de relações não consensuais.
Profissionais de saúde destacam a importância de campanhas educativas para alertar sobre os impactos dessa prática, além da necessidade de acesso a testes regulares, vacinas e métodos preventivos, como a profilaxia pré-exposição ao HIV.
Diante do crescimento do slamsex, especialistas defendem um olhar multidisciplinar para compreender seus impactos e desenvolver estratégias eficazes de conscientização e redução de danos.
O slamsex envolve diversos perigos. O uso de seringas compartilhadas pode levar à transmissão de doenças como HIV e hepatites – Foto: Eugene Barmin/ND
