Um homem, acusado de matar a ex-mulher e o enteado, mãe e filho, com 142 facadas em Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, foi denunciado pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) na segunda-feira (3). Ele também será julgado por suspeita de furto e de incêndio. O crime, que chocou a região, aconteceu na madrugada de 23 de janeiro de 2025, por volta das 3h.
Ao todo, foram 142 facadas em mãe e filho
Na data do crime, segundo o MPSC, o acusado teria invadido a casa da ex-companheira e iniciado uma briga com ela. Durante o confronto, armado com uma faca, o homem desferiu vários golpes contra a mulher, que tentou fugir para buscar ajuda, mas foi perseguida e atacada até a morte, recebendo um total de 80 facadas.
O enteado, filho da mulher, uma criança de oito anos, tentou defender a mãe, mas foi atacado e morto com 62 facadas. Após cometer os crimes, o réu teria fugido de bicicleta levando o celular da vítima.
Imagens da casa onde mãe e filho foram mortos
Qualificadoras
O feminicídio teria sido motivado pelo inconformismo do acusado com o término recente do relacionamento e foi caracterizado como violência doméstica, já que o crime aconteceu em um contexto de relação íntima e familiar. Além disso, a mulher foi morta na frente do filho.
O homicídio contra a criança foi agravado por ter sido cometido contra um menor de 14 anos e por motivo torpe, já que o menino foi morto por tentar proteger a mãe. Ambos os crimes foram praticados com meio cruel, causando intenso sofrimento, devido ao elevado número de golpes de faca.
Furto e incêndio
O réu também foi denunciado por furto, por ter levado o celular da vítima ao fugir do local e por incêndio majorado. Após os assassinatos, ele teria ido até a quitinete onde morava e ateado fogo no imóvel. O incêndio colocou em risco o patrimônio do proprietário e a integridade física dos vizinhos e causou danos a outras duas quitinetes e ao forro de uma garagem próxima, conforme apontado no laudo pericial.
Reparação de danos
O MPSC também requereu na denúncia a fixação de valores para reparação dos danos causados pelos crimes. O MP sugere o valor de R$ 200 mil como indenização à família das vítimas do feminicídio e homicídio, além de R$ 50 mil para o homem que teve as quitinetes destruídas pelo incêndio.