Audiência de instrução de suspeito de matar ex queimada começa nesta quarta (29); vítima era do Acre


Djavanderson Oliveira Araujo, de 20 anos, é o principal suspeito da morte de Juliana Valdivino Silva, de 18 anos, no município de Paranatinga, em setembro. Oito testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas. Suspeito será interrogado nesta quinta (30). Djavanderson de Oliveira Araújo também ficou ferido durante o crime
Arquivo pessoal
A audiência de instrução de Djavanderson Oliveira Araujo, de 20 anos, suspeito de matar a acreana Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, começou nesta quarta-feira (29), no município de Paranatinga, interior do Mato Grosso. O crime ocorreu em setembro do ano passado e Juliana teve 90% do corpo queimado.
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Ela ficou 15 dias internada e morreu dia 25 de setembro. No primeiro dia de audiência, foram ouvidos as oito testemunhas do caso. A sessão foi suspensa e retorna nesta quinta (30) com o interrogatório do suspeito.
Após a audiência, a Justiça do Mato Grosso irá decidir se o suspeito vai ou não a júri.
A expectativa da família da jovem, que é do Acre, era de que a Justiça do Mato Grosso iniciasse a audiência no último dia 24, na véspera do que seria o aniversário de 19 anos da vítima. Porém, a sessão precisou ser adiada por conta dos alagamentos enfrentados pelo município devido a fortes chuvas na região.
Rosicléia Magalhães, mãe de Juliana, acompanhou o primeiro dia de júri online em Rio Branco. A família espera que Djavanderson seja julgado por um júri popular.
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O g1 tenta contato com a defesa de Djavanderson, mas não conseguiu retorno até a última atualização desta reportagem.
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Conforme a polícia, Juliana foi atacada pelo ex na noite do dia 9 de setembro quando foi até a casa dele. Segundo o delegado Gabriel Conrado Souza, foi apurado que no dia do crime Djavanderson foi até um posto de combustível da cidade e comprou R$ 13 de álcool.
Mais tarde, ele atraiu a jovem até a sua casa, no bairro Jardim Ipê, onde jogou o líquido nela, a incendiou e também acabou se ferindo. Djavanderson foi preso 7 dias após o crime e também precisou ficar internado.
À polícia, ele disse que havia, na verdade, tentado suicídio e o álcool acabou caindo na jovem. Essa inclusive, é a tese da defesa.
Dor e luta
Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos.
Reprodução
Juliana e Djavanderson se conheceram quando estudavam juntos na cidade de Porto Acre (AC). Na época, a mãe não achava que o relacionamento era apropriado e proibiu a filha de se relacionar com o rapaz.
Anos depois, a mãe decidiu mandar a filha para morar com a irmã mais velha, em Cuiabá. Oito meses depois, ela soube que Djavanderson também havia se mudado para o Mato Grosso, porém, não sabia para qual município. A cidade era Paranatinga, onde ocorreu o crime.
Rosicléia Magalhães, mãe de Juliana, a vítima estava descontente com o relacionamento e contou que iria pedir uma medida protetiva contra o suspeito, porque ele estava “enchendo o saco”.
A suspeita da mãe é que o rapaz tenha clonado o celular da vítima e, assim, ficou sabendo da decisão de Juliana. Com isso, ele a atraiu até sua casa e, por volta das 22h do dia 9, jogou álcool na jovem e a incendiou.
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