Mães e professores criticam mudanças no atendimento para crianças com necessidades especiais em Sorocaba


Segundo elas essa mudança afetará não só no desenvolvimento na sala de aula, mas, também a capacidade dos profissionais em aplicar o trabalho pedagógico. Protesto contra mudança na legislação da educação especial em SP foi organizado em Itapetininga nesta quinta
Arquivo Pessoal/Rafael Simões
Mães e professores de Sorocaba (SP) criticam as mudanças no atendimento para crianças com necessidades especiais, anunciadas pelo governador de São Paulo (SP), Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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Conforme o anúncio do governador, a partir de 2025, cada professor auxiliar, também conhecido como Profissional de Apoio Escolar para Atividades Escolares (PAE-AEs), poderá atender até cinco alunos, dependendo do nível de suporte. Antes, eles acompanhavam apenas um estudante por aula, mesmo que o aluno estivesse classificado como grau de suporte nível 1.
Ao g1, Priscila de Amorim Siqueira, mãe de Emanuel de Siqueira, de seis anos, portador do Transtorno de Espectro Autista (TEA) nível 2, afirma que a mudança fere os direitos adquiridos pelas crianças e jovens.
Priscila de Amorim Siqueira e seu filho Emanuel de Siqueira, de seis anos, portador do Transtorno de Espectro Autista (TEA) nível 2
Arquivo pessoal
“Isso implicaria muito na vida dos nossos filhos. Eles ficarão sem a atenção necessária dos professores auxiliares, que terão mais de uma criança para atender. Isso faz com que eles não consigam atingir a funcionalidade completa deles”, explica.
Para Maria Madalena Lopes Manzano, que trabalha como professora auxiliar na rede estadual de ensino, a mudança vai sobrecarregar os profissionais.
“Nós somos responsáveis por atender uma criança ou jovem. Com essa mudança, não vamos conseguir dar o suporte necessário para eles, pois vamos atender mais de uma. Será impossível oferecer o suporte necessário,” comenta.
Segundo a professora, o novo modelo afeta a capacidade dos alunos autistas, já que eles passam a confiar nos professores e se sentem seguros durante a aula.
“Não é bom para a criança ou jovem portador de autismo ficar mudando de profissional. Cada uma tem um jeito de trabalhar com eles. É complicado quando a gente olha para esse determinação, onde teremos que atender mais de três alunos diferentes, com níveis diferentes, isso é impossível, na sala de aula temos mais de 30 alunos”, conclui.
O grupo de mães e professores informou que pretende realizar uma manifestação na Avenida Antônio Carlos Cômitre, próximo ao Parque Campolim, no domingo (26), às 9h.
Protesto em Itapetininga
Grupo protestou nas principais ruas de Itapetininga contra as mudanças na educação especial
Arquivo Pessoal/Rafael Simões
Em Itapetininga (SP), dezenas de pais, alunos e professores saíram às ruas nesta quinta-feira (23) para protestar contra a medida do governo que altera as regras e promove mudanças na educação especial. Com cartazes e carro de som, o grupo percorreu as principais ruas do centro da cidade no movimento “Itapetininga em Defesa da Educação Especial”
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