Angra dos Reis confirma dois casos de febre oropouche


Vítimas são duas mulheres, de 51 e 55 anos. Elas já não estão mais com a doença e passam bem. Angra dos Reis confirma dois casos de febre oropouche
Divulgação/Sesab
A Secretaria Municipal de Saúde de Angra dos Reis (RJ) confirmou dois casos de febre de oropouche na cidade. A confirmação foi feita na manhã de quinta-feira (16).
A doença é transmitida principalmente por mosquitos. O vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) é mantido no sangue desses animais após eles picarem uma pessoa ou outro animal infectado (veja os sintomas abaixo).
A primeira paciente é uma mulher com comorbidades, de 51 anos, moradora do segundo distrito, que procurou atendimento médico no dia 18 de abril com sintomas como: febre, dor de cabeça, dor no corpo, náusea e vômito. Ela chegou a ficar internada no Hospital Municipal da Japuíba e recebeu alta no dia 26.
Já a segunda paciente, é uma mulher, de 55 anos, moradora do primeiro distrito. Ela foi até o hospital com os mesmos sintomas no dia 3 de abril, evoluiu bem e não precisou ser internada.
Segundo a Secretaria de Saúde, as duas moradoras já se recuperaram da doença e passam bem.
“É importante destacar que a prevenção é fundamental, assim como no combate à dengue, deve-se eliminar possíveis criadouros de mosquitos, como o acúmulo de águas paradas em quintais e vasos de plantas. Em caso de qualquer sintoma, a população deve buscar imediatamente os serviços de pronto atendimento do município e evitar a automedicação”, ressaltou o secretário de Saúde Rodrigo Ramos.
A Secretaria de Saúde reforça que ao sinal de qualquer sintoma, a população deve procurar os serviços de pronto atendimento do município.
Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento dos agentes de saúde.
O que é a febre e quais seus sintomas
Mosquito maruim transmissor da febre Oropouche
Gato Júnior, da Rede Amazônica
A Febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem dois ciclos de transmissão:
Ciclo Silvestre: Neste ciclo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os portadores do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser portadores do vírus. Mas o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Ciclo Urbano: Aqui, os humanos são os principais portadores do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito Culex quinquefasciatus (o famoso pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode ocasionalmente transmitir o vírus.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya:
dor de cabeça
dor muscular
dor nas articulações
náusea
diarreia
Doença não tem tratamento, mas não é grave
O diagnóstico da Febre do Oropouche envolve uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Além disso, todos os casos de infecção devem ser comunicados, pois a doença é de notificação obrigatória devido ao seu potencial epidêmico e capacidade de mutação, podendo representar uma ameaça à saúde pública.
Por isso, como clinicamente é difícil distinguir os seus sintomas com os da dengue, a vigilância epidemiológica (ações que promovem a detecção e prevenção de doenças) exerce um papel crucial no controle dos casos. O diagnóstico aumenta a suspeita clínica para outras doenças e permite uma análise laboratorial que pode revelar outras arboviroses, como a febre ou a dengue.
Embora a Febre do Oropouche (FO) possa causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central, esses casos são raros.
Apesar disso, a FO NÃO possui tratamento específico – assim como a dengue.
O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos.
E para prevenir a doença, são aconselháveis as mesmas medidias de prevenção à dengue:
Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível.
Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
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