O Ministério Público Eleitoral investiga a suposta prática de captação ilítica de sufrágio, conhecida popularmente como compra de votos, no município de Belmonte, no Extremo-Oeste de Santa Catarina. Os suspeitos são o prefeito e o vice reeleitos em 2024.
Segundo o MPE, um dos investigados teria prometido, e depois entregue, uma quantia de R$ 2 mil a uma eleitora em troca de votos. O Ministério Público afirma que conversas em aplicativo de mensagens, além de comprovantes de pagamento por Pix, foram entregues como prova.
“A integridade do processo eleitoral é fundamental para a democracia. Não podemos permitir que práticas ilícitas como essa possível compra de votos comprometam a vontade do eleitor”, disse o Promotor Eleitoral Felipe Brüggemann. Na ação, o Ministério Público pede a condenação dos suspeitos, requerindo o pagamento de multa e a cassação dos diplomas.
O que dizem o prefeito e o vice de Belmonte
O prefeito de Belmonte, Jair Giumbelli (PL), informou que ele e o vice, Cleonir Piton (MDB), receberam com surpresa a denúncia.
Segundo ele, Cleonir transferiu uma quantia de R$ 2 mil à eleitora citada como forma de empréstimo e não como compra de votos. Ela teria, inclusive, devolvido o dinheiro, de acordo com Jair.
“Os dois já tinham amizade há um bom tempo, ela também já trabalhou na prefeitura e eles tinham contato de amizade. Ele já tinha emprestado dinheiro outras vezes, tanto que não se preocupou em estar em período eleitoral”, informou o prefeito.
Ele destaca que mensagens foram apagadas da conversa apresentada como prova. “Ela [eleitora] apagou mensagens que a comprometiam. Isso tudo a gente vai levar ao processo, o advogado já está com tudo na mão para fazer a defesa”, disse.
Jair ressaltou, ainda, que no dia da eleição a eleitora foi fiscal de urna do partido de oposição à chapa e que adesivou o carro com propaganda eleitoral do outro partido. Ele chamou o caso de armação.