Santo é conhecido como pela atuação contra a fome, a peste e a guerra. Imagem de São Sebastião usada na abertura do Jubileu 2025, em Presidente Prudente (SP)
Júlia Guimarães/g1
Conhecido como aquele que doou, sem medidas, a vida para a evangelização e para o amor do próximo, São Sebastião é tido para os católicos como mártir, soldado de Cristo e exemplo de cristão. Também padroeiro de Presidente Prudente (SP), nesta segunda-feira (20), feriado municipal, a Catedral que leva o nome do santo, no Centro, celebra a data com uma extensa programação de missas.
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A programação inicia nesta sexta-feira (17) e se estende até dia 20, com duas missas solenes e procissão pelas ruas da área central da cidade.
A procissão será a partir da Rua Barão do Rio Branco, seguida pela Rua Doutor José Foz, pelo Calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei e se encerrará na Catedral, na Avenida Coronel José Soares Marcondes, com a solenidade em homenagem ao padroeiro.
Veja a programação completa:
dia 17 (sexta-feira): às 19h30, haverá missa de Cura e Libertação, celebrada pelo padre Fernando Guirado;
dia 18 (sábado): às 19h, será a missa de ação de graças a São Sebastião; e
dia 19 (domingo): às 8h, 10h, 17h e 19h, haverá missas de ação de graças ao santo.
dia 20 (segunda-feira)
8h: missa solene em honra a São Sebastião; e
19h: missa solene com procissão pelas ruas da cidade.
Catedral de São Sebastião, em Presidente Prudente
Pascom
Padroeiro da cidade
De acordo com monsenhor José Antônio de Lima, o santo católico é colocado como padroeiro das epidemias, pestes, guerras, tempestades e doenças contra os animais. Além disso, explicou que a devoção ao mártir foi introduzida ao Brasil pelos portugueses durante a colonização.
“É um mártir na história da Igreja, que derramou o seu sangue por professar a fé em Jesus Cristo”, definiu ao g1.
O monsenhor também pontuou que o santo tornou-se padroeiro da cidade devido à devoção existente nos primeiros moradores de Presidente Prudente, no início do século 20.
“O santo ocupa um papel importante na história religiosa e social da vida de Presidente Prudente. São Sebastião sempre foi, nesses mais de 100 anos de Presidente Prudente, comemorado, o que é uma questão histórica. As primeiras famílias que aqui chegaram, já tinham a devoção e, uma das esposas dos fundadores, pediu para que São Sebastião fosse padroeiro da cidade”, explicou Lima ao g1.
Imagem de São Sebastião na Catedral, em Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Segundo o religioso, quando os fundadores da cidade vieram a Presidente Prudente, encontraram uma região “muito deserta, no sentido de pouca população e muita mata. E, em defesa das enfermidades, sempre tinham a devoção de recorrer a São Sebastião como protetor”, detalhou.
Por isso, a primeira coisa que fizeram foi erguer uma capela na praça em homenagem ao mártir.
Além disso, o monsenhor informou que o santo não é só o padroeiro da cidade, mas também da Diocese de Presidente Prudente, que abrange os municípios do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.
“Ele foi escolhido como padroeiro da Diocese, porque sendo, naquela época, a Igreja Matriz de Presidente Prudente e, hoje, a Catedral, ele foi escolhido para ser padroeiro da cidade, o padroeiro da Igreja-mãe, que, no caso, é a Catedral”, concluiu ao g1.
Imagem de São Sebastião na Catedral, em Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
Soldado de Cristo
Segundo informações da Diocese de Presidente Prudente, São Sebastião era um soldado romano, que ocupava o posto de comandante da Guarda Pretoriana, quando se converteu, secretamente, ao cristianismo. Quando tinha oportunidade, visitava os cristãos presos e ajudava aos doentes e necessitados.
Naquela época, os cristãos sofriam perseguições por propagarem a sua fé e, diante de uma denúncia feita por um soldado ao imperador Maximiliano, ao se sentir traído, mandou que Sebastião renunciasse sua crença.
Entretanto, com a renúncia do santo, Maxiliano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo a outros.
São Sebastião foi preso a um tronco e levou várias flechadas a mando do imperador, onde foi deixado para sangrar até a morte.
Dado como morto, um grupo de cristãos foram até o local e perceberam que Sebastião continuava vivo. Então, retiraram ele de lá e o esconderam na casa de uma das mulheres do grupo até que ele estivesse curado.
Após se curar, o santo católico continuou evangelizando e pediu ao imperador Maximiniano que parasse de perseguir e matar os cristãos.
O comandante de Roma mandou que Sebastião fosse açoitado até morrer e depois jogado em uma fossa, para que nenhum cristão o encontrasse.
Os restos mortais do santo estão enterrados na catacumba que leva seu nome, em Roma.
Imagem de São Sebastião na Catedral, em Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
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