Uma operação, desencadeada pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, nesta quinta-feira (16), prendeu o suspeito de matar o empresário Vinícius Gritzbach, que ficou conhecido como delator do PCC após denunciar envolvimento de policiais civis com facção criminosa. O autor dos disparos, segundo a corporação, seria um policial militar da ativa.
A ofensiva cumpriu 22 ordens judiciais contra policiais militares investigados no caso, sendo 7 mandados de busca e apreensão, e 15 de prisão.
O agente, apontado como autor dos disparos que mataram o empresário, prestou depoimento à corregedoria da PM e, em seguida, foi encaminhado para o presídio Romão Gomes, na capital paulista.
Suspeito de matar delator do PCC é policial militar
Imagens de câmeras de monitoramento mostraram a dinâmica do crime, que aconteceu em 8 de novembro de 2024. Conforme investigação realizada pela corregedoria da Polícia Militar, o autor dos disparos seria um militar da ativa, que não teve a identidade revelada.
O empresário, que vem sendo chamado de delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), era réu pelo assassinato de duas pessoas ligadas ao grupo criminoso. Ele contava com quatro policiais militares em sua equipe de segurança, segundo revelado pela Secretaria de Segurança de São Paulo após a execução.
No dia em que foi morto, parte desses seguranças atrasou e não foi até o aeroporto onde o crime ocorreu. Os quatro policiais foram afastados e são investigados pela polícia. Não se sabe se o suspeito da execução, preso nesta quinta-feira, é um dos seguranças.
Relembre o caso
Gritzbach foi alvejado com tiros de fuzil na saída do desembarque oeste do Terminal 2, destinado a voos domésticos. Além dele, outras três pessoas foram baleadas no tiroteio. O empresário era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro.
O delator do PCC apontou que policiais civis, de duas delegacias, teriam participado de um esquema de corrupção e lavagem para integrantes da facção. Derrite declarou também que a investigação não tem, até o momento, nenhum indício de que policiais tenham participado da ação no aeroporto, mas ressalvou que alguns “fatos chamam a atenção”.
*Com informações do R7.