Justiça aceitou denúncia do promotor do Ministério Público Alexandre Themístocles, que ressaltou que “a ação discriminatória foi motivada unicamente pela infundada suspeita decorrente da cor da pele do consumidor”. Guilherme, o segurança que o abordou e funcionárias que checaram itens que o jogador desistiu de comprar
Reprodução/TV Globo
O segurança de uma loja Zara do Barra Shopping, na Zona Oeste do Rio de Janeiro , se tornou réu pelo crime de racismo. Henrique Durães Bernardes foi acusado de seguir e impedir o jogador do Volta Redonda Guilherme Ribeiro Quintino Machado, de 20 anos, de deixar o local.
O MPRJ também pediu à Justiça a suspensão do funcionamento da unidade da Zara pelo prazo de três meses.
A denúncia do promotor Alexandre Themístocles ressaltou que “a ação discriminatória foi motivada unicamente pela infundada suspeita decorrente da cor da pele do consumidor”.
O fato aconteceu no dia 18 de junho e foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). O segurança foi indiciado pelo crime de racismo.
“Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização”, narra a denúncia do MP.
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