
Delegadas da Baixada Santista dão dicas sobre como se precaver durante o trajeto. Conferir as avaliações do motorista e a placa do carro estão entre as medidas citadas pelas profissionais. Delegadas dão dicas para viagem mais segura via carona em app (imagem ilustrativa)
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Um motorista de aplicativo ‘deu em cima’ de uma maquiadora de Santos, no litoral de São Paulo, após reclamar do atraso no embarque. A situação viralizou e gerou descontração na internet, inclusive por parte da jovem. Uma viagem por carona, no entanto, requer cuidados por parte de condutores e passageiros. Ao g1, delegadas da Baixada Santista deram dicas de segurança para as corridas.
Júlia Correia Caiafa Maffei, de 27 anos, estava em São Paulo e desejava voltar para Santos (SP) na quinta-feira (21). Ela combinou de encontrar o motorista do app de caronas às 9h20, mas perdeu o trem no metrô e se atrasou.
O homem se irritou com o atraso e cancelamento, mas se arrependeu e a elogiou (veja abaixo). Ele afirmou ter se sensibilizado com uma mensagem da jovem e aberto a foto de perfil dela.
Maquiadora levou interação ‘na esportiva’ e parou de responder condutor de aplicativo
Arquivo pessoal
A carona por aplicativo ganha cada vez mais adeptos, permitindo que o passageiro escolha a cidade de partida e o destino, além do motorista que o transportará no trajeto. Por meio da ferramenta, são acordados o valor e o ponto de encontro, sendo que muitas vezes o condutor leva mais de uma pessoa para ‘completar’ o carro.
Ao g1, a delegadas Deborah Lázaro, da Delegacia da Mulher de Santos (DDM) de Santos, e Lyvia Bonella, da DDM de Praia Grande, informaram que uma alternativa é escolher motoristas mulheres. Algumas dicas das profissionais incluem checar as avaliações do condutor no aplicativo antes de combinar a viagem, além verificar a placa do carro antes do embarque.
Como proceder?
Lyvia Bonella destacou a importância de se manter alerta durante as corridas. Segundo a delegada, uma boa dica para uma passageira é aguardar o condutor questionar sobre a identidade dela. Desta forma, a mulher não fornece os próprios dados sem ter a certeza de que fala com o motorista certo.
“Já ouvi falar até de pessoas que conseguem alterar a placa, coisas do gênero. Então, é interessante deixar ele falar as primeiras informações”, orientou Lyvia.
De acordo com a delegada, sentar no banco da frente não é uma boa ideia, uma vez que a passageira fica muito próxima ao motorista. A profissional explicou que o melhor é escolher o banco de trás e manter os vidros abertos, na medida do possível, para garantir visibilidade a quem está fora.
Para a delegada Deborah Lázaro, o mais importante é checar a placa e a identidade do condutor. A profissional destacou que, além das janelas abertas, é indicado que a mulher fique sentada perto da porta do veículo. “Todo cuidado é pouco”, disse ela.
Caso se sinta desconfortável e não exista perigo no trânsito naquele momento, a orientação é pedir para sair do veículo e procurar apoio da PM.
Lyvia complementou que, se a passageira sentir que há algo ‘fora do normal’, deve ligar 190 sem avisar o motorista. A mulher também pode pedir para que alguém com quem tenha compartilhado a viagem acione a corporação.
Veja as dicas de segurança para uma viagem segura, de acordo com as delegadas:
Importunação sexual x assédio
Ao g1, o advogado criminalista Matheus Cury explicou que a prática de importunação sexual acontece quando, por exemplo, o agressor dá um beijo forçado ou passa a mão pelo corpo da vítima sem consentimento. A pena para esse crime pode variar entre um e cinco anos de reclusão.
“O tipo penal se refere à conduta de praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”, disse.
O assédio sexual, por outro lado, ocorre quando o agressor está em situação de superioridade hierárquica em relação à vítima. É o caso de um chefe que faz investidas sexuais contra uma funcionária, por exemplo.
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