
Francisco Wanderley Luiz, homem-bomba responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, conversou com uma equipe de televisão pouco antes de realizar o ataque na noite de quarta-feira (13).

O homem-bomba interagiu brevemente com a equipe de reportagem, antes de detonar os explosivos em Brasília – Foto: Reprodução/TV Brasil
A repórter da TV Brasil Manuela Castro estava prestes a entrar ao vivo em frente ao Supremo Tribunal Federal quando o homem-bomba se aproximou da equipe.
“Ele estava muito perto da gente. Começamos a trocar olhares, ele percebeu e falou: ‘Olha, não vou atrapalhar vocês, não. Fiquem tranquilos, vou passar por trás da câmera’. E depois falou: ‘Eu não vou passar na frente da câmera porque eu sou muito feio’”, revelou a jornalista.

O homem-bomba aparece caminhando atrás da repórter durante a entrada ao vivo, no canto inferior direito da imagem – Foto: Reprodução/TV Brasil
Na gravação, é possível ver o homem-bomba se aproximando do prédio atrás da repórter, com um guarda-chuva. Manuela Castro disse que reconheceu Francisco Wanderley Luiz por causa das roupas em alusão ao personagem Coringa.
“Eu tive essa certeza porque o que me chamou atenção no Francisco é que ele estava com uma calça estampada, muito colorida. Essa calça ficou registrada na minha memória”, lembra.

Francisco Wanderley Luiz morreu ao acionar um explosivo próximo da própria cabeça na Praça dos Três Poderes – Foto: Bruno Peres/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND
As imagens de segurança do STF flagraram a movimentação do suspeito e comprovaram que ele era de fato o homem-bomba.
“Eu tive a noção do perigo, do risco que minha equipe e eu tivemos ali com aquele homem tão próximo, com aqueles explosivos na cintura. Fiquei muito assustada quando descobri que era ele, mas ainda bem que não aconteceu nada comigo nem com a equipe”, contou a repórter.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu ao detonar os explosivos na Praça dos Três Poderes. Natural de Santa Catarina, ele foi candidato a vereador de Rio do Sul pelo PL (Partido Liberal) em 2020.
Assista ao relato da repórter que interagiu com o homem-bomba do STF: