Exposição em Barra Mansa retrata cotidiano de comunidade ribeirinha às margens do Rio Paraíba do Sul


‘Toda História é um Rio’ pode ser vista no Sesc, a partir do próximo sábado. Entrada gratuita. Obras imersivas celebram as histórias e memórias de pescadores, lavadeiras e dos moradores do bairro Surubi, em Resende. O Sesc Barra Mansa (RJ) vai receber a partir deste sábado (26) a exposição imersiva “Toda História é um Rio”. As obras serão expostas até a próxima terça-feira (29), exceto na segunda (28). A entrada é gratuita.
A exposição retrata o cotidiano da população ribeirinha do bairro Surubi, em Resende (RJ), celebrando as histórias e memórias de uma comunidade que cresceu e prosperou ao longo das águas do Rio Paraíba do Sul.
Ensaio da exposição ‘Toda História é um Rio’
Amanda Novaes
Ao todo, serão cinco obras que propõem uma jornada interativa em que o visitante poderá percorrer diferentes espaços que simbolizam e recriam fatos marcantes da criação de um dos bairros mais antigos de Resende.
Segundo a idealizadora do projeto, Luísa Ritte, para a criação das obras, mais de 35 entrevistas foram realizadas com moradores e personalidades marcantes da comunidade, como lavadeiras, pescadores e integrantes das primeiras famílias do local.
“Desejamos promover debates sobre a preservação da memória e dos nossos rios por meio da arte. A partir do momento em que o indivíduo conhece sua história, ele compreende a importância de manter viva sua memória, proteger e valorizar esse conhecimento transmitindo-o para gerações futuras”, afirmou Luísa.
Dinalva e Tereza, duas moradoras entrevistadas para elaboração da exposição
Amanda Novaes
Mais sobre a exposição
Uma das obras é o “Varal das Lavadeiras”, criada pelos artistas Danilo Nardelli e Alexandre Pina. Todo o espaço expositivo será atravessado por um varal com três toalhas brancas, que serão utilizadas como tela para projeções de imagens de paisagens contemplativas do Rio Paraíba do Sul e de imagens das mãos de moradores realizando ações cotidianas.
Outro destaque é o “Banco de Histórias”, uma instalação que provoca a imaginação e sentimentos quando sentamos em um banco de praça posicionado para a apreciação do “Varal das Lavadeiras”. No banco, três dispositivos de áudios com histórias contadas por moradores do bairro. A obra sonora foi criada pela cientista social Mariana Costa.
Ensaio da exposição ‘Toda História é um Rio’
Amanda Novaes
No espaço expositivo, o público poderá encontrar colagens botânicas que mesclam fotografias antigas dos moradores com elementos botânicos de relevância cultural para os moradores. Intitulada “Colagem de Memórias”, a obra foi desenvolvida pela artista visual Luisa Ritter.
Já a peça sonora “Sons do Surubi”, desenvolvida pelo artista bianco, preenche todo espaço expositivo com uma coletânea de sonoridades. Ao fundo, sempre, o som do rio. Perpassando o ambiente, as sonoridades características percebidas no bairro: os carros que passam, cachorros latindo, a música que toca no rádio, as conversas entre os moradores. Também foram incluídas pequenas frases recolhidas durante as entrevistas com os moradores.
O público ainda irá encontrar uma série de vídeos-depoimentos que foram produzidos em 2021, durante a pandemia da Covid-19 e que se chama “Surubi em Cena”.
Para a abertura da exposição, ainda será realizada a performance “Memórias d’água”, da artista Gold Lua. Dirigida por Danilo Nardelli, a performance traz textos poéticos da própria artista recitados por ela e por moradores do bairro.
O “Toda História é um Rio” também irá circular pelas cidades de Campos dos Goytacazes e Três Rios.
Performance ‘Memórias d’Água’, exibida em 2021
Divulgação/Memórias D’Água
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