Rosinha de Valença será homenageada com show especial em teatro que recebe seu nome


Se tivesse viva, violinista teria completado 82 anos no último domingo. Tributo será nesta quinta-feira, às 20h, no Teatro Sesc Rosinha de Valença. Entrada é gratuita. Ícone da música brasileira, a violonista, cantora e compositora Rosinha de Valença teria completado 82 anos de idade no último domingo (30) se estivesse viva. Em forma de homenagem, o teatro que recebe o nome da artista em Valença (RJ), sua cidade natal, fará um tributo nesta quinta-feira (3).
O show foi nomeado de “A Rosa e o Violão”, fazendo alusão ao instrumento musical que tornou Rosinha uma musicista conceituada dentro e fora do Brasil. Os sucessos da violinista ganharão vida na voz da cantora Paôla Costa, uma das idealizadoras da homenagem.
“Nosso objetivo com esse show é não só lembrar Rosinha de Valença, mas também ajudar a perpetuar sua memória e trazê-la ao conhecimento daqueles que sequer ouviram falar no nome dela, celebrar sua passagem por esse mundo e agradecer pelo legado que ela nos deixou”, destacou Paôla.
A apresentação será às 20h, no Teatro Rosinha de Valença, que chegou a ficar fechado por duas décadas, mas foi reaberto no ano passado após o Sesc assumir a administração do espaço.
A entrada é gratuita. Os ingressos devem ser retirados no próprio teatro, uma hora antes do show, às 19h.
Da bossa nova ao samba: quem foi Rosinha de Valença?
Rosinha de Valença na capa de álbum de 1973
Reprodução
Maria Rosa Canellas, conhecida por Rosinha de Valença, nasceu em Valença em 30 de julho de 1941. O nome artístico lhe teria sido dado por Sérgio Porto, que dizia que ela tocava por uma cidade inteira.
Como violonista, Rosinha logo se impôs nos anos 1960 pela maestria com que fazia solos melódicos e improvisos vivazes. Como compositora, o reconhecimento aconteceu de forma menos imediata, mas a artista deixou para a posteridade um cancioneiro autoral enraizado nas tradições do Brasil rural.
A musicista foi considerada uma das matrizes instrumentais da bossa nova e se tornou um dos grandes nomes femininos da música popular brasileira (MPB), além de ter obras ligadas ao samba.
A habilidade incomum no toque do violão a levou a fazer parceria com grandes cantores, como Sérgio Mendes, Nara Leão, Ivone Lara, João Gilberto, Tom Jobim, Baden Powell, Maria Bethânia, Chico Buarque, Miúcha e Jorge Ben Jor.
Rosinha de Valença nos deixou em 2004, após passar 12 anos em coma em decorrência de lesão cerebral provocada por parada cardíaca, sofrida em 1992.
O nome dela, no entanto, está eternizada na história da música brasileira pelas suas grandes obras e também por ter desafiado o império masculino erguido ao longo da evolução do violão no Brasil.
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