Segundo as investigações, uma empresa de internet se associou a traficantes de Angra dos Reis para estabelecer um monopólio, em troca da instalação de câmeras para monitoramento de ações policiais. Agente da PF cumpre mandado na Operação Sem Mega
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A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira (4) a Operação Sem Mega, contra uma associação criminosa voltada à prática dos crimes de tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina na cidade de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.
De acordo com as investigações, iniciadas em setembro, uma fornecedora de internet se associou a traficantes de Angra dos Reis com o intuito de impedir que outras empresas instalassem serviços de telecomunicação e internet nas comunidades.
Em contrapartida, a operadora instalava câmeras para os integrantes do tráfico, a fim de monitorar ações policiais.
“Conforme apurado, os traficantes retiravam e danificavam os equipamentos de outras empresas para possibilitar que a fornecedora instalasse seus aparelhos, configurando um monopólio na prestação dos serviços de telecomunicação nestas comunidades”, afirmou a PF.
Agentes saíram para cumprir 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Angra dos Reis, em endereços na cidade e nos municípios de Nilópolis e do Rio de Janeiro.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina. Se somadas, as penas máximas dos crimes podem chegar a mais de 30 anos de reclusão.
O nome da operação, “Sem Mega”, consiste em um trocadilho entre o pacote básico fornecido pela empresa investigada, de 100 megas de internet, e o fato de que os moradores ficavam sem internet devido à retirada dos equipamentos de outras fornecedoras por parte dos traficantes.
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