Justiça dos EUA derruba as ‘tarifas recíprocas’ e Trump entra com recurso

Governo Trump entra com recurso conta decisão que derrubou "tarifas recíprocas"

Governo Trump entra com recurso conta decisão que derrubou “tarifas recíprocas” – Foto: Roberto Schmidt/AFP/ND

O governo de Donald Trump entrou com um recurso contra a decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos que bloqueou as “tarifas recíprocas”. As medidas foram consideradas ilegais pelo órgão na quarta-feira (28).

A decisão impede grande parte das taxas impostas pelo presidente americano. Entre elas, as cobranças elevadas sobre a China, a “tarifa global fixa” de 10% e as tarifas relacionadas ao fentanil. A Suprema Corte dos EUA terá a palavra final no caso.

Por outro lado, as medidas tarifárias relacionadas a alumínio, aço e automóveis foram baseadas em uma lei de segurança nacional separada e seguem válidas.

“A decisão suspende as tarifas existentes pela lei de emergência. Ela também impede que o presidente Trump aumente as taxações, incluindo a ameaça de tarifas de 145% sobre as importações da China e de 50% sobre a União Europeia”, declarou o procurador-geral do Arizona, Kris Mayes.

“Tarifas recíprocas de Trump”: o que alegou o tribunal que bloqueou as medidas

O Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos entendeu que o Congresso não delegou poderes “ilimitados” ao presidente. Trump havia usado a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Nacional, de 1977, para justificar as “tarifas recíprocas”.

Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos considerou as medidas ilegais

Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos considerou as medidas ilegais – Foto: Divulgação/ND

Segundo o tribunal, formado por três juízes, o presidente não pode invocar essa lei para “impor uma sobretaxa ilimitada sobre produtos de praticamente todos os países”.

O magistrado considerou que os decretos “excedem os poderes concedidos ao presidente para regular importações por meio do uso de tarifas aduaneiras”.

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