

‘Dama do Tráfico’ foi presa após ficar foragida por cinco meses – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Acusada de lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e acobertamento de crimes, Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico”, foi presa nesta quarta-feira (28). Ela estava foragida havia cinco meses e foi encontrada em uma residência em Manaus.
Em 29 de janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Amazonas expediu dois mandados de prisão definitiva contra Luciane. Segundo o MPAM (Ministério Público do Amazonas), ela atuava como um dos principais braços financeiros do CV (Comando Vermelho) no estado.
‘Dama do Tráfico’ foi condenada por lavar dinheiro do CV e chegou a se reunir com autoridades em Brasília
Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, apontado como chefe do Comando Vermelho no Amazonas. As investigações indicam que ela era responsável por ocultar, empregar e lavar recursos provenientes do tráfico de drogas.
Apesar do envolvimento com o crime organizado, Luciane era estudante de Direito e alegava atuar em defesa dos direitos dos presos. Em 2023, ganhou notoriedade ao participar de reuniões com secretários do Ministério da Justiça, se apresentando como representante de ONGs.

Luciane Barbosa Farias visitou o Ministério da Justiça em 2023 – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na época, ela afirmou ser presidente do ILA (Instituto Liberdade do Amazonas), entidade que alegava atuar em defesa dos direitos humanos de pessoas privadas de liberdade. Também fez visitas ao Congresso Nacional e a órgãos das Nações Unidas, em Brasília.
O Ministério Público afirma que Luciane e o marido cometeram crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação para o tráfico. “Tio Patinhas” está preso desde 2022 e, em outubro de 2023, foi condenado a 31 anos e sete meses de prisão.

A ‘Dama do Tráfico’ é apontada como braço financeiro do Comando Vermelho no Amazonas – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Já Luciane foi condenada a dez anos de prisão em processo com trânsito em julgado, ou seja, sem possibilidade de novos recursos para reversão da sentença.