O Fantástico conversou com Júnior, filho caçula do boxeador, e Irani, a viúva. Eles falaram sobre um homem que defendia valores como o respeito e a tolerância, e condenava o preconceito. “Jeito quase infantil de lidar com a vida”:filho e viúva de homenageiam Maguila
O Brasil perdeu esta semana um dos seus maiores boxeadores. Um ídolo que conquistou milhões de fãs – e muitos nem eram tão ligados ao esporte.
José Adilson Rodrigues dos Santos , o Maguila, divertia os brasileiros com seu jeito simples e um carisma enorme. O Fantástico conversou com Júnior, filho caçula do boxeador, e Irani, a viúva. Eles falaram sobre um homem que defendia valores como o respeito, a tolerância, e condenava o preconceito. Veja no vídeo acima.
“O meu pai era essa pessoa simples, que tinha um olhar tão crítico e tão respeitoso. Ele parte do princípio do respeito, de respeitar o próximo, o que ele tem a ver com a vida das outras pessoas?”, diz Júnior Ahzura, filho de Maguila.
Legado e alegria
Maguila foi um ícone que conquistou seu espaço, inspirou músicas e até se arriscou na música após a aposentadoria. Ele também se tornou comentarista de economia em telejornal.
Maguila apresentador em telejornal
Reprodução/TV Globo
O apelido que carregou por toda a vida teve origem numa alusão racista ao personagem de desenho Maguila, um gorila, que ele ressignificou.
“E ele subverte essa lógica. Esse fato dele assumir o nome, que é um nome preconceituoso, eu acho que é assumir e botar para jogo mesmo. Isso aí, eu sou o Maguila. E marcou o Brasil com esse nome”, afirma Júnior.
Maguila
Reprodução/TV Globo
Contribuição para a ciência
Maguila tinha encefalopatia traumática crônica, doença antes conhecida como demência pugilística. Em 2018, ele expressou a vontade de doar seu cérebro para a Faculdade de Medicina da USP, onde um grupo estuda as consequências de impactos repetitivos na cabeça de atletas.
Os cérebros do boxeador Éder Jofre e de Luís Bellini, capitão da seleção brasileira no primeiro título mundial, na Copa de 58, também fazem parte das pesquisas.
“A equipe médica conversou comigo. Irani, essa doença a gente só vai poder ter um diagnóstico final dela. Quando a pessoa morre, pega o cérebro e vai para estudo. E ali a gente pode até ajudar outras pessoas. Ele estava bem e disse: ‘pode fazer isso'”, afirma Irani.
Maguila doou seu cérebro para a Faculdade de Medicina da USP
Reprodução/TV Globo
Preservação da memória
Hoje, Júnior cuida do acervo de Maguila e das redes sociais, mantendo vivo o legado do pai.
“Eu acho que ele deixou marcas que quebraram muitas barreiras. Agora no final da vida a nossa relação foi se transformando. O amor que já existia foi se inflamando positivamente. Eu chegava pra visitar ele e os olhos dele brilhavam”, conta Júnior.
Maguila e o filho
Reprodução/TV Globo
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