Sem votos suficientes, extinção da bancada feminina na Alesc fica pelo caminho

Proposta da deputada Ana Campagnolo que extinguia a bancada feminina não obteve apoio suficiente na Alesc - Foto: Vicente Schmitt/Agência AL/ND

Proposta da deputada Ana Campagnolo não obteve apoio suficiente na Alesc – Foto: Vicente Schmitt/Agência AL/ND

A proposta de resolução apresentada pela deputada estadual Ana Campagnolo (PL), que previa a extinção da bancada feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), não obteve o número mínimo de assinaturas necessário para tramitar.

O projeto recebeu o apoio de 10 parlamentares, mas eram exigidas 14 assinaturas para modificar o Regimento Interno da Casa.

O texto proposto revogava os parágrafos 9º e 10º do artigo 20 do Regimento, que reconhecem formalmente a existência da bancada feminina. Na justificativa, Campagnolo argumentou que a atual composição – com apenas duas deputadas – não atende ao mínimo regimental exigido para a formação de uma bancada parlamentar, que é de cinco membros (um oitavo dos 40 deputados da Casa).

Segundo ela – que não faz parte da composição – a manutenção com esse número reduzido seria uma “afronta direta à norma vigente”.

A deputada também classificou a bancada como um “mecanismo informal travestido de oficialidade”, que, segundo ela, gera insegurança institucional e é usada para manifestações políticas “sem representatividade legal”.

Campagnolo defendeu que a Procuradoria da Mulher, já existente na Alesc, cumpre o papel de tratar das pautas femininas com respaldo institucional, tornando desnecessária a formalização de uma bancada específica.

Apesar do apoio de parte da base conservadora, a proposta enfrentou resistência dentro da própria Casa, inclusive de parlamentares que,  consideraram o projeto um retrocesso na representação política das mulheres.

Com o arquivamento da proposta, a bancada feminina permanece reconhecida oficialmente pela Alesc.

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