Grupo é preso por incentivar crianças a cometer cybercrimes

Polícia Civil faz operação contra grupo criminoso cibernéticoAgência Brasil/ Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu nesta terça-feira (15) a “Operação Adolescência Segura”, que teve como objetivo desmontar uma das maiores organizações criminosas do Brasil voltadas para crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes.

Ao todo, os agentes cumpriram 20 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória contra adolescentes infratores. As investigações aconteceram em sete estados brasileiros:

São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. No total, duas pessoas foram presas e sete menores apreendidos. 

Rede do crime contra adolescentes

A investigação da Polícia Civil identificou uma rede criminosa altamente organizada acusada de crimes de ódio, de tentativa de homicídio, de instigação ao suicídio, de maus-tratos a animais, de apologia ao nazismo e de armazenamento e divulgação de pornografia infantil.

Segundo a Polícia Civil do RJ, o caso começou a ser investigado em 18 de fevereiro de 2025, após um adolescente lançar dois coquetéis molotov contra um morador de rua que dormia, provocando queimaduras em 70% do corpo da vítima. O crime foi filmado e transmitido ao vivo por um homem em uma plataforma online.

Com base nesse caso, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) passou a monitorar e cruzar dados até identificar que o crime fazia parte de uma atuação mais ampla de um grupo organizado.

Os responsáveis administravam um servidor utilizado para a prática de diversos crimes digitais, com foco em vítimas na infância e adolescência.

O grupo criminoso chamou a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que elaboraram relatórios e colaboraram com as investigações brasileiras.

Os policiais descobriram que criminosos operavam em várias plataformas digitais, utilizando táticas de manipulação psicológica e aliciamento de menores em idade escolar. Segundo a polícia, as ações do grupo representavam sérios riscos à integridade física e emocional das vítimas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.