Nº de endividados chega a mais de 60% em março na capital, estima pesquisa


Estimativa é da Fecomércio-AC e Instituto Data Control, que fez a pesquisa nos dias 24 e 25 de março. Número de rio-branquenses com dívidas em atraso chega a 66,9%, diz Fecomércio-AC
BBC/Getty Images
Um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), divulgado na última sexta-feira (11), revelou que o número de famílias endividadas chegou a 66,9% em Rio Branco. Isto significa dizer que esta população está com dívidas financeiras a vencer nos próximos seis meses.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
A pesquisa, feita por meio do Instituto DataControl nos dias 24 e 25 de março de 2025, entrevistou 402 pessoas economicamente ativas em Rio Branco. O levantamento mostra ainda que, com relação ao endividamento, a renda de cerca de 30% da população de Rio Branco é comprometida em 50,7% com o pagamento de obrigações de dívidas domésticas.
Além disto, outra parcela de 23,4% compromete metade da renda mensal, seguida de 12,6% que admitem comprometimento de pelo menos 70%. A pesquisa destaca ainda 13,2% com obrigação financeira igual ou acima de 80% da respectiva renda mensal.
LEIA TAMBÉM:
Dívidas em atraso de acreanos diminui em fevereiro, porém número de endividados aumenta, diz pesquisa
Com mais de 80% das famílias inadimplentes, governo sanciona lei que prevê combate ao endividamento no Acre
Para lidar com o endividamento, o estudo mostra que a principal estratégia adotada por 35,3% dos endividados é o pagamento apenas das contas consideradas essenciais. Já outros 20,4% buscam serviços extras para aumentar a renda e 18,4% reduzem itens de consumo.
“Há ainda 10,4% que recorrem a empréstimos e 9,5% buscam resolver de maneiras diversas. Apenas 6,0% afirmam manter a pontualidade nos pagamentos das dívidas contraídas”, mostra a Fecomércio-AC.
Com relação ao comprometimento da renda doméstica da população rio-branquense:
25,1% aponta a fatura do cartão de crédito;
21,3% debitam ao custo de energia elétrica;
15,4% a pagamentos de carnês de lojas;
13,4% a aluguel de imóveis;
5,8% a bancos;
9,5% a financiamentos de veículos e financeiras; e
9,3% informam dívidas como faculdade, etc.
“A principal estratégia adotada por 35,3% dos endividados é o pagamento apenas das contas consideradas essenciais. Outros 20,4% buscam serviços extras para aumentar a renda e 18,4% reduzem itens de consumo. Há ainda 10,4% que recorrem a empréstimos e 9,5% buscam resolver de maneiras diversas. Apenas 6,0% afirmam manter a pontualidade nos pagamentos das dívidas contraídas”, frisa o estudo.
Combate ao superendividamento
Em meio a mais de 95 mil famílias endividadas no Acre no mês de março, o governo do Acre sancionou, no dia 1º de abril, uma lei que prevê a criação de uma política de combate ao superendividamento no estado.
Segundo a normativa, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) e de autoria do deputado estadual Afonso Fernandes, esta política tem como objetivo “promover a educação financeira, prevenir e tratar o superendividamento dos consumidores, garantindo a proteção do mínimo existencial e a inclusão social”.
A coordenação desta política será feita pelos órgãos estaduais responsáveis pela defesa do consumidor, com a participação de instituições financeiras, universidades, organizações da sociedade civil e demais atores. uma lei que prevê a criação de uma política de combate ao superendividamento no estado.
VÍDEOS: g1
Adicionar aos favoritos o Link permanente.