Recuperação do Figueirense: advogado pede falência e manifestação em até 48 horas

O Figueirense não fez o pagamento da primeira parcela do acordo de Recuperação Judicial, homologado pelo juiz Luiz Henrique Bonatelli, homologada em 17 de fevereiro. O clube tinha até o dia 31 de março para quitar a primeira parcela da dívida com os credores, mas não o fez.

Figueirense enfrenta uma recuperação judicial

Estádio Orlando Scarpelli, Figueirense – Foto: FFC/ND

A Recuperação Judicial diz respeito ao Figueirense Futebol Clube LTDA e Figueirense Futebol Clube Associação.

Com pedidos no campo do direito para suspender a cobrança para um prazo maior, o departamento jurídico do Alvinegro contesta a ausência de acordos selados durante as assembleias que teriam sido ignorados pelo juiz na homologação.

Além disso, o clube busca a liberação para que a posse do terreno onde ficava o Ginásio Carlos Alberto Campos seja para a SAF alvinegra, e não da associação. Sem essa transferência de posse, conforme acordo feito entre clube e o fundo Clave, o dinheiro para pagar os credores não será transferido.

Advogado dos credores

Ao mesmo que tenta ganhar tempo para que o acordo seja dentro do que estava previsto nas assembleias, os credores do Figueirense também buscam por seus direitos. Nesta terça-feira (1), o advogado Thiago Rino, que representa atletas e profissionais que trabalharam no clube, fez uma petição para que seja declarada a falência do Figueirense.

Segundo o advogado, o prazo para que o clube faça o pagamento não está suspenso, já que o juiz não acatou ainda os pedidos do departamento jurídico alvinegro para que os recursos apresentados sejam considerados. Com isso, Rino afirmou na petição:

“Por cautela, pede que sejam ouvidos o devedor (Figueirense), administração judicial e Ministério Público para que dentro de 48 horas se manifestem”.

O Figueirense pode ir à falência?

Pode, mas de acordo com o andamento do processo não é algo instantâneo. Como o Figueirense ainda busca a suspensão para que os pagamentos sejam dentro do que foi acordado nas assembleias, o juiz ainda terá de considerar esses pedidos.

Além disso, a falência só seria decretada pelo juiz se o clube não cumprir e nem apresentar condições de quitar os débitos com os credores.

Procurado pela reportagem desde segunda-feira à noite, o Figueirense ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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