
SAUL LOEB
O presidente Donald Trump afirmou no domingo (30) que as tarifas que pretende impor nos próximos dias afetarão “todos os países” e não apenas aqueles com maiores desequilíbrios comerciais com os Estados Unidos.
Trump anunciou que em 2 de abril começará a aplicar uma série de tarifas em uma data que ele chama de “Dia da Libertação”.
“Começaria com todos os países, então vamos ver o que acontece”, disse Trump aos repórteres a bordo do Air Force One. Ao ser questionado quais seriam afetados, ele disse que não sabia se serão “15 países, 10 ou 15” e garantiu que “não há um limite”.
Antes das declarações, muitos analistas esperavam que a nova série de tarifas de 15% fosse direcionada aos países que têm mais desequilíbrios comerciais com os Estados Unidos, um grupo que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, chamou de “os 15 sujos”.
Segundo Trump, as tarifas representam um tratamento mais “generoso” do que aquele que os Estados Unidos receberam de seus parceiros comerciais.
“Eles nos roubaram como nenhum país jamais foi roubado na história e seremos muito mais gentis do que eles foram conosco. Mas é um dinheiro substancial para o país, de qualquer forma”, disse.
O presidente dos Estados Unidos já impôs tarifas sobre as importações de aço e alumínio e taxas adicionais sobre as importações da China. Em 3 de abril, entrarão em vigor as tarifas sobre os automóveis importados.
Segundo Peter Navarro, o principal assessor comercial de Trump, as tarifas sobre automóveis poderiam arrecadar 100 bilhões de dólares por ano.