
Entenda mais sobre o assunto com o Dr. Júlio Palazzo. Dr. Júlio Palazzo
Clínica Médica Dr. Júlio Palazzo/Divulgação
A nutrologia tem ganhado destaque no tratamento de doenças metabólicas, como obesidade e diabetes, condições cada vez mais prevalentes na população mundial. O médico nutrólogo desempenha um papel fundamental na prevenção e controle dessas doenças por meio da correção de desequilíbrios nutricionais de aminoácidos, vitaminas e minerais, por exemplo.
A obesidade é uma doença multifatorial que envolve fatores genéticos, comportamentais e ambientais. O tratamento não se resume apenas à restrição calórica, mas também ao ajuste de micronutrientes que influenciam o metabolismo.
Por exemplo, o cromo, o zinco e o magnésio são essenciais para a ação da insulina, enquanto a vitamina D participa da regulação da homeostase energética. A deficiência de alguns desses nutrientes pode agravar a resistência insulínica e dificultar a perda de peso, além das alterações hormonais coma a deficiencia da Serotonina, que participa no controle da ansiedade, humor, sono e ainda diretamente no controle da saciedade e, com isso, do peso. É aí que temos como exemplo de medicação a Sibuitramina, que tem no seu mecanismo de ação a recaptação da serotonina para auxiliar no controle do apetite e promover a perda de peso.
No contexto do controle do apetite e do gasto energético, um dos avanços mais promissores é o uso dos polipeptídeos moduladores da grelina. A grelina, conhecida como o “hormônio da fome”, é produzida principalmente pelo estômago e regula a sensação de fome e saciedade. Com o uso dos polipetídeos moduladores da grelina é possível reduzir a fome e aumentar a termogênese, contribuindo para a perda de peso expressiva de maneira mais fisiológica e eficaz, sendo visto como uma das melhores alternativas no controle do peso e de doenças como o diabetes.
Além da obesidade, a nutrologia também é essencial no tratamento do diabetes tipo 2, uma condição frequentemente associada à resistência à insulina e ao excesso de peso.
Estratégias nutricionais específicas, como dietas de baixo índice glicêmico, e a dosagem de hormônios que influenciam diretamente nestes casos, como o GH (o hormônio do crescimento humano, visto por muitos apenas para o ganho de massa magra), que participa em diversas situações ligadas ao nosso metabolismo, como a conversão de T4 à T3, alterações nas taxas metabólicas diretamente ligadas ao ganho de gordura abdominal e visceral e na melhoria da sensibilidade à insulina, reduzindo a inflamação crônica, que são fatores centrais na fisiopatologia das doenças.
As doenças metabólicas, incluindo dislipidemias, esteatose hepática não alcoólica e síndrome metabólica, também são abordadas pela médico nutrólogo de forma personalizada. A identificação através de exames bioquímicos e a correção de deficiências nutricionais, aliadas a terapias inovadoras, permitem otimizar o metabolismo e prevenir complicações futuras.
Portanto, o médico nutrólogo desempenha um papel crucial na abordagem integrativa dessas condições, unindo conhecimento científico, avanços terapêuticos e uma visão individualizada para promover a saúde metabólica e a qualidade de vida dos pacientes.
Responsável Técnico: Dr. Júlio Palazzo – CRM SP 83.054