Moraes diz que 8 de janeiro não foi ‘um domingo no parque’

Moraes faz a leitura do seu relatório e votoReprodução

Na sessão desta quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes iniciou a análise da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e outros sete indivíduos, acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. O relator do caso rememorou os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando em Brasília ocorreram ataques a instituições públicas por parte demanifestantes que invadiram os prédios dos Três Poderes.

O ministro destacou a violência enfrentada por agentes de segurança que tentavam impedir a invasão. Ele citou o caso de uma policial militar, cuja cabeça foi atingida com uma barra de ferro, como um símbolo da brutalidade dos ataques.

Moraes enfatizou a necessidade de preservar a memória desses eventos, ressaltando que a história não deve ser relativizada.

“Não foi um passeio no parque. Ninguém, absolutamente ninguém que lá estava, estava passeando. E ninguém estava passeando porque tudo estava bloqueado, e houve necessidade de romper as barreiras policiais”, afirmou.

Moraes também alertou sobre o “viés de positividade”, um conceito da psicologia que sugere que as pessoas tendem a lembrar das boas notícias e esquecer as ruins como uma forma de autoproteção.

Ele argumentou que esse viés pode levar a sociedade a minimizar os atos de violência e tentar esquecer o que ocorreu naquele dia.

“É muito importante nós relembrarmos sempre. Porque existe na ciência o que se chama viés de positividade. É comprovado que as pessoas, todos nós, até por uma autoproteção, nossos cérebros têm o viés de lembrar as notícias boas e esquecer as notícias ruins”, disse.

Moraes concluiu reforçando que não houve nada de positivo nos acontecimentos de 8 de janeiro e que é importante não permitir que esses eventos sejam esquecidos ou relativizados com o tempo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.