O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais neste domingo (23) para sugerir “anistia” aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, especialmente para uma personagem.
Em sua mensagem, Bolsonaro convocou pastores, padres e líderes religiosos a orarem pelos detidos, citando nominalmente Débora Rodrigues, uma das presas pelo envolvimento nas invasões aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
“Peço aos pastores, padres e líderes espirituais de todo o Brasil que levantem um clamor sincero diante de Deus e orem pela vida de Débora Rodrigues e de tantos outros presos políticos”, escreveu Bolsonaro, classificando os detidos como vítimas de injustiça.
Ele mencionou ainda o sofrimento das famílias e pediu que os fiéis incluíssem os nomes dos presos em suas intenções durante missas e cultos.
O apelo ocorre às vésperas do julgamento que pode tornar Bolsonaro réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação aos atos golpistas. O ex-presidente, que completou 70 anos, reforçou sua fé na ação divina: “Se tem uma coisa que aprendi na minha vida, é que Deus age quando o seu povo ora com fé e unidade”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir na terça-feira (25) se Bolsonaro será formalmente processado por seu suposto envolvimento na mobilização que culminou nos ataques de 8 de janeiro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o ex-presidente incitou a insurreição ao questionar a legitimidade do processo eleitoral e incentivar manifestações contrárias ao resultado das urnas.
Desde o início das investigações, Bolsonaro nega qualquer responsabilidade pelos atos e defende que seus apoiadores estão sendo perseguidos politicamente. O pedido de anistia reforça a estratégia de mobilização de sua base religiosa e política diante da possibilidade de um novo revés judicial.
Veja:
-Peço aos pastores, padres e líderes espirituais de todo o Brasil que levantem um clamor sincero diante de Deus e orem pela vida de Débora Rodrigues e de tantos outros presos políticos que hoje estão privados de sua liberdade e são tratados injustamente como criminosos.
-Não…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 23, 2025
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