
A Polícia Civil divulgou vídeos do depoimento de Maicol Sales dos Santos, principal suspeito do caso Vitória. As imagens do interrogatório, registradas na noite de segunda-feira (17), revelam o momento em que ele confessa o crime e confirma que agiu sozinho.

Maicol acredita que cabelo da vítima possa ter caído quando outra pessoa desenterrou o corpo – Foto: Reprodução/Record News/ND
Maicol aparece de costas, na presença de policiais e de um escrivão na delegacia de Cajamar, em São Paulo. Na ocasião, ele admitiu ter oferecido carona para Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, antes de matá-la a facadas na madrugada de 27 de fevereiro.
A adolescente foi encontrada morta, degolada e com a cabeça raspada em 5 de março. Maicol alega, porém, que não mexeu no cabelo da vítima. “Quando fiquei sabendo disso do cabelo, também não entendi”, afirma à polícia. “A decomposição deve ter amolecido a pele”.
Além disso, o suspeito diz que enterrou Vitória em cova rasa, mas o corpo foi encontrado na superfície, sem traços de terra. Ao ser questionado se alguém poderia ter movimentado o cadáver, Maicol responde: “Não sei. Quando deixei, ela ficou enterrada”.

Vitória Regina de Sousa desapareceu ao sair do shopping onde trabalhava, na noite de 26 de fevereiro – Foto: Reprodução/Instagram/ND
Ao confessar autoria do caso Vitória, o homem negou que tenha obtido ajuda. Ele reiterou que Gustavo Vinícius, ex-namorado da jovem, e Daniel Lucas Pereira, morador da região, não têm relação com o crime, apesar de terem sido considerados suspeitos no início da investigação.
Sobre a motivação do crime, Maicol explicou que tinha medo da esposa descobrir o suposto envolvimento que teve com a jovem há cerca de um ano. Ele teria oferecido carona para conversar sobre o assunto e acabou esfaqueando Vitória dentro do carro durante a discussão.
A polícia perguntou qual era a preocupação do suspeito, ao que ele respondeu: “Perder minha esposa”.

Maicol confessou ter agido sozinho no caso Vitória – Foto: Reprodução/Cidade Alerta/ND
A defesa de Maicol argumenta que o depoimento é inválido porque foi obtido sem a presença dos advogados, além de que o interrogado no caso Vitória teria sofrido “pressão psicológica”.
Os advogados pediram habeas corpus e anulação da confissão. O Ministério Público atesta, no entanto, que não há registro de agressão ou tortura contra Maicol.
Veja momento da confissão de Maicol no caso Vitória
Com informações da Record News