Casos de síndrome respiratória aguda aumentam no outono; entenda motivos e como se prevenir


Combinação de fatores climáticos e comportamentais contribui para o aumento das doenças, explica médica. Em 2024, casos na estação aumentaram 45,8%, segundo DRS. Outono: baixa nas temperaturas aumenta casos de síndrome respiratória aguda grave
A chegada do outono traz mudanças na temperatura, favorecendo o aumento de doenças respiratórias. Segundo médica, o período é propício para o desenvolvimentos de resfriados, gripes, covid-19 e outras doenças que, se não forem tratadas, podem se tornar Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
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Dados do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas (SP) mostram que, entre março e junho de 2024, período que corresponde ao outono, os casos de SRAG registrados cresceram 45.8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O que explica o aumento?
De acordo com a médica Lívia Franco, professora do curso de Medicina da UniMax, a combinação de fatores climáticos e comportamentais contribui para o aumento das doenças respiratórias.
“No outono, o ar fica mais seco, e as pessoas tendem a se aglomerar mais em ambientes fechados, o que facilita a disseminação de vírus”, explica.
Durante o outono do ano passado, os registros de SRAG causadas pelo vírus da Influenza na região de Campinas cresceram 45,8%. O aumento foi de 279 casos, em 2023, para 407 no mesmo período de 2024, segundo a DRS.
Esse número só ficou abaixo do registrado no inverno de 2024, quando houve 437 casos. Confira abaixo.
Verão de 2024 – 69 casos
Primavera de 2024 – 220 casos
Outono de 2024 – 407 casos
Inverno de 2024 – 437 casos
Segundo a Dra. Lívia, a queda na adesão à vacinação e a maior circulação de vírus fortalecidos após a pandemia de covid-19 podem ter influenciado o aumento.
Como prevenir?
Para evitar os quadros mais graves, a médica reforça a importância da imunização e de hábitos preventivos.
“A vacina tem que ser feita anualmente, porque o vírus muda o jeito que funciona. E o ideal é que a gente sempre busque uma ventilação melhor. A lavagem de mãos é uma das principais formas de evitar a transmissão, porque a tendência é a gente coçar os olhos, colocar as mãos na boca”, explica.
Impactos
O estudante universitário Symon Guilherme sente no corpo os efeitos das variações climáticas. “Sempre sinto muita dor de cabeça, dor no corpo”, conta.
As mudanças na temperatura também afetam as crianças. A cabeleireira Verônica de Souza precisou manter o filho Álvaro em casa por dois dias devido a febre e sintomas respiratórios. “Mudança do tempo e já ficou doentinho, teve febre. Aí não mandei nem ontem e nem hoje”, comenta.
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