O Brasil se destaca como um dos países mais ricos em biodiversidade, abrigando uma impressionante diversidade de espécies. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, existem cerca de 120 mil espécies animais no território nacional, distribuídas por biomas como a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal, a Mata Atlântica e o Pampa.
Essa enorme variedade biológica é resultado da vasta extensão territorial do país, das diferentes condições climáticas e da diversidade de ecossistemas, que favorecem a evolução de inúmeras formas de vida.
Dentro dessa diversidade, várias espécies são consideradas endêmicas, ou seja, só existem no Brasil, pois evoluíram de maneira isolada, adaptando-se às particularidades dos habitats brasileiros.
Os 7 animais que só existem no Brasil
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
O mico-leão-dourado é um pequeno primata, notável por sua pelagem dourada que lembra uma juba de leão. Com cerca de 700 gramas, essa espécie habita exclusivamente a Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro, em florestas densas e abrigos de ocos de árvores.
Sua dieta é variada, incluindo frutas, insetos e pequenos vertebrados. Embora viva em grupos sociais, sua sobrevivência está ameaçada pela destruição de habitat e pelo tráfico de animais.
O mico-leão-dourado é nativo da Mata Atlântica e está em risco de extinção – Foto: Significados/Divulgação/ND
Raposa-do-campo (Lycalopex vetulus)
A raposa-do-campo é um canídeo de pequeno porte, com pelagem acinzentada e cauda espessa, que habita exclusivamente o Cerrado, bioma do Brasil central.
Ela é um animal noturno e solitário, ágil e oportunista em sua caça, alimentando-se de insetos, pequenos vertebrados e frutos nativos. O Cerrado em degradação e os atropelamentos em rodovias são grandes ameaças à sua sobrevivência.
Raposa-do-campo habita exclusivamente a região do Cerrado – Foto: Divulgação/ND
Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)
Encontrada apenas no estado da Bahia, a arara-azul-de-lear é uma das aves mais raras do Brasil. Com plumagem azul vibrante e um bico forte, ela mede cerca de 75 cm e pode viver até 50 anos.
Sua alimentação é baseada nos frutos do licuri, uma palmeira típica da região. A caça ilegal e a destruição do habitat, porém, colocaram a espécie em risco, apesar dos esforços de conservação.
Arara Azul é uma das espécies mais raras – Foto: Divulgação/ND
Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
Um dos maiores mamíferos do Brasil, o tamanduá-bandeira pode atingir até 2 metros de comprimento e pesar até 40 kg. Habita o Cerrado, o Pantanal e partes da Amazônia, sendo facilmente reconhecido por seu focinho longo e língua pegajosa, usadas para capturar formigas e cupins. Sua principal ameaça é a destruição de seu habitat e os atropelamentos em rodovias.
Tamanduá-bandeira é um dos maiores mamíferos – Foto: Zoobotânico Brusque/Divulgação
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
O lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul, com pelagem avermelhada e longas pernas. Ele se alimenta de pequenos animais e frutos, como a lobeira, desempenhando um papel importante na dispersão de sementes. Sua sobrevivência está ameaçada pela perda de habitat e atropelamentos nas estradas.
Lobo Guará é o maior canídeo da América do Sul- Foto: Pexels/Reprodução/ND
Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)
O sagui-da-serra-escuro é um pequeno primata endêmico da Mata Atlântica, especialmente das regiões montanhosas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Com pelagem escura e tufos de pelos nas orelhas, ele é sociável e vive em grupos familiares. O desmatamento e a competição com espécies exóticas representam grandes desafios à sua conservação.
Sagui da serra escuro é visto principalmente na região sudeste – Foto: Divulgação/ND
Peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis)
O peixe-boi-da-amazônia é o menor da espécie, podendo medir até 2,5 metros e pesar cerca de 450 kg. Habita exclusivamente os rios e lagos da Amazônia, alimentando-se de plantas aquáticas.
Peixe-boi está ameaçado de extinção – Foto: Shutterstock, National Geographic Image Collection
Um animal pacífico, passa grande parte do tempo se alimentando ou descansando na água. A caça predatória e as redes de pesca ilegais são ameaças constantes à sua população, ainda em risco de extinção.
