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Coronel Miramilton Goiano de Souza e Deputado Rarison Barbosa (PMB) são investigados por suspeita de participarem de “intensa negociação de munições e armamentos”. Operação ocorreu nesta quarta-feira (22) em Boa Vista e Fernandópolis, no interior de São Paulo. Coronel Miramilton Goiano de Souza
Secom/Divulgação/Arquivo
O comandante-geral da Polícia Militar de Roraima coronel Miramilton Goiano de Souza, alvo de operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (23) para investigar venda ilegal de armas, negou envolvimento no esquema. Miramilton é apontado como líder do grupo.
Em nota, divulgada nas rede sociais e assinada pela defesa, ele disse que “sempre pautou sua atuação profissional pelo mais estrito cumprimento da lei”. Acrescentou ainda que as medidas judiciais serão tomadas (confira a nota na íntegra mais abaixo).
“Na condição de policial militar possui armas legalizadas e, portanto, registradas pela Polícia Federal. Além disso, é instrutor de tiro e Coleciona-dor, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Ressaltamos, ainda, que nunca sequer foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o aludido fato […]”, argumentou.
O governo, que é responsável pela escolha do comando da PM, informou, em nota, que por “determinação do Governador Antonio Denarium, abrirá processo administrativo disciplinar contra todos os envolvidos nas investigações, e permanece à disposição dos órgãos de fiscalização e controle para dar uma resposta à população roraimense.”
A investigação chegou ao nome de Miramilton após a prisão de um homem em Pacaraima em 2023, flagrado com uma arma. À época, um tenente, em nome do coronel, foi até a delegacia da PF saber se seria possível recuperar a arma que seria de Renê, o que levantou suspeitas dos investigadores.
Além de Miramilton, o deputado estadual Rarison Barbosa (PMB) também foi alvo da operação. Ele é policial penal, atuava no esquema como a pessoa que comprava as munições ilegais de Miramilton e dos filhos dele. Além disso, há suspeita de que deputado comprou uma máquina de recarga de munições para atender ao esquema criminoso, segundo as investigações.
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A operação deflagrada nesta quarta tenta aprofundar as investigações da PF sobre o comércio ilegal de armas e munições. Foram feitas buscas e apreensões na casa do comandante, dos dois filhos deles, na casa do deputado Rarison e de outros policiais envolvidos.
O coronel Miramilton Goiano ocupa o mais alto posto da PM de Roraima desde fevereiro de 2023 quando foi nomeado pelo governador Denarium. Nos últimos meses, ele também passou a ser investigado pela Polícia Civil por suspeita de interferir no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no crime conhecido localmente como “Caso Surrão”.
Além disso, durante a gestão de Miramilton ao menos 100 policiais militares passaram a ser investigados pelo MP por crimes como fazer parte de milícia, trabalhar para garimpeiros, roubar garimpeiros, tortura, sequestro, tráfico e homicídios.
Nota na íntegra
O Comandante da Polícia Militar do Estado de Roraima, Cel. Miramilton, esclarece que sempre pautou sua atuação profissional pelo mais estrito cumprimento da lei.
Na condição de policial militar possui armas legalizadas e, portanto, registradas pela Polícia Federal. Além disso, é instrutor de tiro e Coleciona-dor, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
Ressaltamos, ainda, que nunca sequer foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o aludido fato e nega veementemente qualquer participação em atos delituosos.
As medidas judicias serão tomadas para restabelecimento da Justiça.
Herick Feijó
Advogado OAB/RR 1402
Rodolpho Morais
Advogado OAB/RR 269
Samuel Almeida
Advogado OAB/RR 1320
*Esta matéria está em atualização