Espaço foi cedido por 60 dias, tempo em que gestão da rodoviária será compartilhada entre GDF e iniciativa privada. Nesse período, estacionamento da plataforma superior da rodoviária fica fechado para veículos. Dezenas de pessoas circulam pela Rodoviária do Plano Piloto, nesta quinta-feira (13)
Raquel Lima, g1 DF
Vendedores ambulantes que trabalhavam na Rodoviária do Plano Piloto estão sendo realocados provisoriamente, pelo Governo do Distrito Federal (GDF), para o estacionamento entre a plataforma superior da rodoviária e o shopping Conjunto Nacional. Nesse período, o local fica fechado para os veículos.
A realocação dos ambulantes deve durar 60 dias, que correspondem ao tempo em que a gestão da rodoviária ainda será compartilhada entre o GDF e a iniciativa privada. Após esse prazo, o Consórcio Catedral assume a gestão integral e será responsável por dar uma destinação definitiva aos ambulantes, sob acompanhamento do GDF.
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👉O contrato de transferência da administração da Rodoviária do Plano Piloto para o Consórcio Catedral foi assinado em 15 de abril do ano passado.
👉A realocação provisória dos ambulantes atende a um pedido dos próprios vendedores, para que seguissem tendo um local para trabalhar.
“É uma situação provisória, até que a concessionária possa organizar a participação deles. Para que não houvesse uma interrupção [do trabalho dos ambulantes], faremos a realocação para um local com uma grande movimentação, onde eles não terão nenhum tipo de prejuízo”, diz o secretário-executivo das Cidades, Cláudio José Trinchão.
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Ambulantes precisam fazer cadastro
Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília.
TV Globo/Reprodução
O exercício das atividades dos ambulantes será fiscalizado pela Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), que receberá a lista com o nome dos vendedores. Mas, para usar o espaço eles precisam se cadastrar junto à Administração Regional do Plano Piloto.
De acordo com Bruno Olímpio, administrador do Plano Piloto, de 200 ambulantes, 54 foram considerados aptos para receber a licença na quinta-feira (13).
“Os outros 146 podem vir até aqui na administração para entregar essa documentação. Após uma análise, eles estando aptos, receberão a licença para desenvolver essa atividade durante esses 60 dias”, diz Olímpio.
O governo não disse o que vai acontecer com os trabalhadores informais que não realizarem o cadastro.
Promessas do GDF
Ibaneis Rocha fala sobre transferência da gestão da Rodoviária do Plano Piloto.
No começo de fevereiro, na cerimônia que marcou o início da transferência da administração da rodoviária para a iniciativa privada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) garantiu que os vendedores seriam ouvidos e que teriam um local para trabalhar — na própria Rodoviária, ou em outros pontos.
De acordo com o governador Ibaneis Rocha, não haverá aumento no preço das passagens pelo menos até o fim de 2026, que é quando termina o seu mandato;
A concessionária tem um prazo de seis anos para executar investimentos em obras de modernização do terminal, obras de recuperação estrutural, implantação de um centro de controle operacional, além de prestação de serviços de limpeza, segurança e manutenção;
Os gastos previstos são de R$ 120 milhões.
Além disso:
O consórcio pode cobrar por publicidades na rodoviária e pelo aluguel de lojas e quiosques;
Empresas de ônibus pagam uma “taxa de acostamento” para o consórcio, ou seja, para cada parada que um ônibus fizer na rodoviária para embarque e desembarque, é cobrado das empresas de R$ 2 a R$ 14;
Todos os estacionamentos públicos da região em volta da rodoviária serão afetados. São 2, 9 mil vagas que deixam de ser gratuitas e passam a ser rotativas;
As áreas de estacionamento superior e inferior podem ser exploradas comercialmente pelo preço de R$ 5 a hora;
12,33% do faturamento bruto do consórcio deve ser repassado para o GDF.
Veja áreas de estacionamentos que serão pagas
TV Globo/Reprodução
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