
Corpo de Rafael Gama foi sepultado após série de homenagens e salva de tiros. Policial participava de treinamento aquático no DF quando, segundo os bombeiros, teve mal súbito. Pai de policial civil que morreu após treinamento diz que filho era seu ídolo
O pai do policial civil Rafael Gama, de 34 anos, que morreu após um treinamento de salvamento aquático, falou sobre como tem sido lidar com a morte do filho durante o enterro do corpo do agente, em Goiânia. Segundo Ajax Porto, o filho era como um “ídolo”. Rafael morreu dias após sofrer um mal súbito durante um treinamento para um grupo de elite da Polícia Civil.
“É uma dor que ninguém está preparado. Não tem como se preparar para a perda de um cara, que além de meu filho, era meu ídolo”, afirmou Ajax.
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Durante o enterro, que aconteceu na terça-feira (11), o pai também falou sobre como o filho amava a profissão, pois ser policial civil era “um sonho” de Rafael. Ele também agradeceu pelas homenagens prestadas ao filho durante o sepultamento.
“[Eu] nunca vi, em toda a minha vida, uma homenagem tão significativa. Isso dá um certo consolo. Muito obrigado”, agradeceu.
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Reprodução/TV Anhanguera
Despedida
Horas antes do sepultamento, policiais e amigos de motoclube da Rafael fizeram o cortejo do corpo do policial (veja o vídeo abaixo). Um comboio com viaturas e motos percorreu a BR-060, começando no Jardim Guanabara e seguindo até o Cemitério Cerrado, em Goiânia.
Durante o enterro, policiais do curso do Grupo Tático 3 (GT3) homenagearam o colega e três salvas de tiros foram dadas em homenagem a Rafael. A família também recebeu uma placa com um chapéu que tem o número do policial durante o curso.
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O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) também esteve presente. “Como governador do estado, vou determinar que uma obra, dentro daquilo que é área de Segurança Pública de Goiás, receba o nome do seu filho, para ficar eternizado definitivamente pela coragem dele e determinação”, declarou Caiado.
A modelo e esposa de Rafael, Byanka Boni, leu uma carta em homenagem ao marido durante o evento.
“Você realizou meu maior sonho, que era ser mãe e ter uma família. Obrigada pelos melhores cinco anos da minha vida. Eu te amo mais que ontem e menos que amanhã, para sempre”, declarou.
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Entenda o caso
Segundo o Corpo de Bombeiros, Rafael da Gama Pinheiro, de 34 anos, sofreu um mal súbito, seguido de parada cardíaca, durante uma instrução aquática, realizada pelo Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, em Brasília, no dia 26 de fevereiro. Após isso, Rafael foi socorrido e levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ele ficou internado no Hospital de Base, mas depois foi transferido para um hospital particular, onde permaneceu por mais de 10 dias até sua morte, no último domingo (9).
Investigações
Em nota, a Polícia Civil declarou que, desde o primeiro momento, a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core/GT3) comunicou oficialmente o ocorrido e a Corregedoria da Polícia Civil de Goiás “instaurou uma investigação para esclarecer todas as circunstâncias do caso”.
O documento também reforçou que todas as providências cabíveis foram adotadas, mas o procedimento segue sob sigilo, conforme determina a lei. A nota também afirmou que Rafael recebeu atendimento médico imediato (veja a nota completa ao final do texto).
Nota da Polícia Civil
“A Polícia Civil de Goiás (PCGO) lamenta profundamente o acidente ocorrido com o policial civil Rafael da Gama Pinheiro, após o encerramento de uma atividade de salvamento aquático do IV Curso de Operações Táticas Especiais, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3), ministrada em Brasília-DF, conduzida pelo Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. O policial recebeu atendimento médico imediato e todas as providências cabíveis foram adotadas.
Desde o primeiro momento, a CORE comunicou oficialmente o ocorrido, e a Corregedoria da PCGO instaurou uma investigação para esclarecer todas as circunstâncias do caso. O procedimento segue sob sigilo, conforme determina a lei.
Neste momento de dor, nos solidarizamos com a família, amigos e colegas de Rafael, oferecendo total apoio e respeito à sua privacidade. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a verdade, garantindo que todos os fatos serão devidamente apurados.”
Viaturas e motos prestam homenagem ao policial, em Goiânia
O Popular/Diomício Gomes
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