Caso Vitória: Cajamar teve apenas um homicídio doloso em 2025

Vitória Regina de Sousa desapareceu após relatar medo de perseguiçãoReprodução/redes sociais

A cidade de Cajamar, na Grande São Paulo, voltou ao centro das atenções com o brutal assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, cujo corpo foi encontrado em uma área de mata no último dia 5 de março. O crime, que chocou a população pela violência extrema, contrasta com o histórico de homicídios do município: segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) em nota enviada ao portal iG, Cajamar registrou apenas um homicídio doloso em todo o ano de 2025, ocorrido em janeiro.

Apesar da tragédia com a jovem Vitória, os índices de violência letal na cidade têm se mantido baixos. Em 2024, Cajamar contabilizou apenas dois homicídios dolosos, enquanto em 2022 foram sete ocorrências.

Em comparação com cidades vizinhas, o município apresenta números mais baixos: Franco da Rocha, por exemplo, teve 29 homicídios nos últimos três anos, e Santana de Parnaíba registrou 20 no mesmo período.

Além dos homicídios dolosos, Cajamar contabilizou, em 2025, um homicídio culposo por acidente de trânsito, 42 casos de lesão corporal dolosa, dois estupros de vulneráveis e 14 roubos, entre outros crimes violentos. Ao todo, foram 60 ocorrências desse tipo registradas no ano.

VitóriaReprodução

O que se sabe sobre o Caso Vitória

Apesar dos índices relativamente baixos de criminalidade, Cajamar foi palco de um crime brutal que chocou a população. A jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu no dia 26 de fevereiro após retornar do shopping onde trabalhava. Imagens de câmeras de segurança registraram seu trajeto até um ponto de ônibus. Testemunhas relataram que ela desembarcou sozinha no ponto final, no bairro rural de Ponunduva, e não foi mais vista.

Antes do desaparecimento, Vitória enviou mensagens a uma amiga relatando medo. Segundo ela, dois homens em um carro a assediaram, e outros dois rapazes entraram com ela no ônibus. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata a cerca de cinco quilômetros de sua casa, em avançado estado de decomposição. A identificação foi possível por meio de suas tatuagens.

No sábado (8), Maicol Antonio Sales dos Santos foi preso em Cajamar. Ele é suspeito de ser o dono do carro visto na cena do crime. A Justiça decretou sua prisão temporária diante dos “fortes indícios” de envolvimento e contradições em seus depoimentos. Há também relatos de movimentações suspeitas em sua casa na noite do desaparecimento.

A Polícia Civil investiga o caso sob as hipóteses de vingança e ameaça. Sete pessoas são apontadas como possíveis envolvidas no crime, incluindo um ex-namorado da vítima, um “ficante”, dois homens que entraram no ônibus com ela, dois indivíduos que a assediaram no carro e um rapaz que teria emprestado o veículo utilizado no crime. As investigações seguem em andamento.

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