O hábito que não percebemos, mas afeta a memória e acelera o envelhecimento

Você sabia que a desidratação afeta a memória? Muitas das nossas ações diárias impactam diretamente a saúde a longo prazo. Além da alimentação inadequada e o sedentarismo, que aumentam o risco de doenças crônicas, não beber água regularmente pode afetar a sua saúde cognitiva.

Saiba como a desidratação afeta a memória – Foto: Canva/ND

Com o passar dos anos, o cérebro sofre um processo natural de envelhecimento, assim como os demais órgãos do corpo. No entanto, algumas práticas podem acelerar esse declínio.

Os pesquisadores da URV (Universidade Rovira i Virgili) e do CIBEROBN (Centro de Pesquisa Biomédica em Rede Fisiopatologia da Obesidade e Nutrição) analisaram mais de 2 mil adultos para avaliar a influência da hidratação na função cognitiva.

O estudo, que faz parte da pesquisa PREDIMED-Plus, acompanhou idosos com sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica por dois anos. Os resultados indicaram que aqueles com níveis mais baixos de hidratação apresentaram um declínio cognitivo mais acentuado em comparação aos que mantiveram uma boa ingestão de líquidos.

Como a desidratação afeta a memória?

Mas como a desidratação afeta a memória? Conforme a pesquisa, a água representa cerca de 60% do peso corporal e é essencial para diversas funções fisiológicas, incluindo a regulação da temperatura corporal, a eliminação de toxinas e a lubrificação das articulações.

No entanto, a desidratação crônica pode comprometer a memória, a concentração e até aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Desidratação afeta a memória? Excessivamente, ela pode comprometer a memória, a concentração e até aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer – Foto: Canva/ND

Como saber se você está desidratado?

Segundo o IIAS (Instituto de Pesquisa Água e Saúde), o corpo humano perde aproximadamente dois litros de água por dia por meio da transpiração, respiração e eliminação de resíduos. Alguns sinais de desidratação incluem:

  • Boca seca;
  • Dores de cabeça;
  • Pele ressecada;
  • Cansaço excessivo;
  • Dificuldade de concentração;
  • Urina de coloração escura.

O IIAS recomenda a ingestão diária de 8 a 10 copos de água, o equivalente a cerca de um copo a cada duas horas. Além disso, especialistas alertam que esperar sentir sede para beber água não é o ideal, pois a sede já é um indício de desidratação.

A ciência por trás da hidratação e da saúde cognitiva

Agora que você já sabe que a desidratação afeta a memória, beber água regularmente é um hábito simples, mas essencial para preservar a memória – Foto: Canva/ND

Conforme um estudo publicado no Journal of Nutrition reforça a importância da hidratação na manutenção das funções cognitivas. Um deles demonstrou que mesmo uma desidratação leve pode afetar negativamente a memória de curto prazo, o humor e a capacidade de concentração.

Além disso, uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo) mostrou que a ingestão insuficiente de líquidos pode impactar a circulação sanguínea no cérebro, reduzindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes essenciais para o funcionamento neurológico.

Beber água: hábito essencial

Agora que você já sabe que a desidratação afeta a memória, beber água regularmente é um hábito simples, mas essencial para preservar a memória, evitar dores de cabeça e desacelerar o envelhecimento cerebral.

Manter-se hidratado não só melhora o desempenho cognitivo, mas também previne problemas de saúde a longo prazo. Portanto, criar uma rotina de consumo adequado de líquidos pode fazer toda a diferença para o bem-estar geral e a qualidade de vida.

*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.

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