
Em 2025, também se celebram os aniversários de 75 anos do trio elétrico, 50 anos do Bloco Alvorada e 45 anos da banda Cheiro de Amor, entre outros momentos. Multidão acompanha Saulo Fernandes no circuito Osmar
Sérgio Pedreira / Ag. Picnews
Não é só o marco de quatro décadas de axé music. Em 2025, blocos, bandas e grandes artistas da música baiana também celebraram suas trajetórias.
É o caso de Gilmelândia, que há 25 anos estourou em Salvador. Outro exemplo é o trio elétrico, criado há 75 carnavais e hoje maior, com som mais potente e ainda arrastando multidões nos principais circuitos da festa soteropolitana.
Para celebrar essas e outras datas, o g1 relembra alguns dos aniversários importantes na história do axé music.
🎤 ESPECIAL: confira a página de carnaval do g1 Bahia
75 anos de trio elétrico
Armandiho e Aroldo Macêdo se apresentam na Fobica, o irmão mais velho do trio elétrico
Max Haack/Agência Haack
Um caminhão de grandes dimensões, alta potência de som e estrutura interna que abriga não apenas palco e banda, mas também camarins, banheiros e outros espaços. Esse é o trio elétrico, como conhecemos atualmente.
O modelo original era um carro chamado de fobica. Foi inaugurado por Dodô e Osmar no Carnaval de 1950. À época, os artistas que hoje dão nome aos principais circuitos da festa desfilavam tocando violão e cavaquinho, instrumentos amplificados na bateria do próprio veículo.
Banda Armandinho, Dodô e Osmar fazem a festa dos foliões na noite deste domingo (02) de Carnaval.
Débora Marques/ Ag. Picnews
50 anos do Bloco Alvorada
Bloco Alvorada no carnaval de 2025.
Nilson Teles/GOVBA
🥁 HISTÓRIA: Assista ao especial ‘Axé: 40 anos de Magia’
No Carnaval de Salvador, o samba também é protagonista. O bloco mais tradicional do gênero é o Alvorada, que há 50 anos desfila na festa e desenvolve atividades culturais para movimentar a economia local e fortalecer a identidade cultural da Bahia.
A agremiação surgiu como tantas outras da época: uma brincadeira de amigos. Nesse caso, o grupo era composto por estudantes do Colégio Estadual Severino Vieira. Mas caiu no gosto do público e não saiu mais da avenida. O Jubileu de Ouro foi celebrado na última sexta (28), no circuito Dodô (Barra-Ondina).
45 anos do Cheiro de Amor
Raquel Tombesi, da banda Cheiro de amor, no circuito Barra-Ondina
Joilson Cesar / Ag.Picnews
🎵 “É um auê, ê!
Encontrar você, ê!
Pra poder fazer
Um carinho assim” 🎵
A banda é uma das mais tradicionais da música baiana, assim como o bloco de mesmo nome. Passou por diferentes formações, inicialmente encabeçada pela cantora Laurinha Arantes e, desde 2024, comandada por Raquel Tombesi.
Ao longo dessas mais de quatro décadas, o grupo fez história na axé music, marcando diversas gerações com hits como “Doce Obsessão”, originalmente gravado por Márcia Freire, “Vai Sacudir, Vai Abalar”, sucesso na voz de Carla Visi, e “Amassadinho”, que apresentou Alinne Rosa ao público baiano.
45 anos do Eva
Banda Eva, comandada por Felipe Pezzoni, arrasta bloco no Circuito Dodô (Barra-Ondina)
Débora Marques/ Ag. Picnews
No mesmo ano de 1980, nasceu o Bloco Eva. A história aqui é semelhante a do Cheiro: são décadas de sucesso, como uma das agremiações mais tradicionais da folia na capital baiana. Artistas como Durval Lelys e Ricardo Chaves já comandaram o bloco.
Desse movimento, nasceu a banda homônima, responsável por revelar grandes estrelas do axé, como Daniela Mercury, que foi backing vocal do cantor Marcionílio, Ivete Sangalo e Saulo. Em 2013, Felipe Pezzoni assumiu os vocais.
Para o verão deste ano, a aposta do grupo é a faixa “Pulo Ato”. Mas o hit atemporal é justamente “Eva”, música de origem italiana, que antes de se tornar um hino da folia momesca ganhou versão brasileira em ritmo de rock.
🎵 “Minha pequena Eva (Eva)
O nosso amor na última astronave (Eva)
Além do infinito, eu vou voar
Sozinho com você” 🎵
40 anos do Crocodilo
Daniela Mercury puxa o bloco Crocodilo no sábado de Carnaval em Salvador
Débora Marques/Ag. Picnews
Quem vê a Barra-Ondina lotada nos carnavais recentes pode não saber que o circuito nem sempre recebeu essa atenção do público. Entre os responsáveis pela valorização do espaço está o bloco Crocodilo.
Junto com Daniela Mercury, que desde meados da década 1990 comanda o bloco, a agremiação trocou o circuito Osmar (Campo Grande) pelo Dodô e o resto é história. Antes dela, Ricardo Chaves era a atração, no auge do hit “O Bicho”.
Daniela arrasta o bloco Crocodilo no quarto dia de carnaval em Salvador.
25 anos do Pagode Total
Pagode Total desfilou no circuito Osmar (Campo Grande) na sexta de Carnaval
Sérgio Pedreira/Ag. Picnews
São bodas de prata para a relação entre o Pagode Total e o carnaval de Salvador. Um dos blocos mais tradicionais da Quinta do Samba no circuito Osmar (Campo Grande) desfila há 25 anos.
Ao longo desse período, diversas atrações botaram o público para sambar na abertura da folia soteropolitana. Entre os nomes que já puxaram o bloco estão Raça Negra, Exaltasamba e Sorriso Maroto. Com o tema “Tambores da Resistência”, Samba Trator e É O Tchan assumiram o som neste ano.
25 anos de carreira de Gilmelândia
Gilmelândia no carnaval de Salvador em 2024
Débora Marques/ Ag.PicNews
🎵 “Venha de lata, negão
No meio da multidão
Quem não tem lata, improvisa
Bate na palma da mão” 🎵
Ela entregou hits, como “O Arrastão”, coreografias, como a de “Bate Lata” e muito estilo — os cabelos cheios de coque foram sucesso com as crianças na avenida.
Gilmelândia marcou os carnavais da virada do milênio, tanto à frente da Banda Beijo, quanto em carreira solo. A artista segue como representante da axé music, celebrando a própria trajetória no ritmo, com shows na Bahia e outros estados do Brasil.
Seu trabalho mais recente é a faixa “Tá Docinha”, que tem uma pequena participação da colega Ivete Sangalo.
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