Homem alegou que tapas no rosto motivaram feminicídio em MS


Vítima foi atingida com uma pedrada na cabeça e arrastada até um poço, onde teve o corpo carbonizado, na noite de sábado (1º). Audiência de custódia está prevista para acontecer na manhã desta segunda-feira (3). Feminicídio aconteceu na noite de sábado (1), no bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS).
Ingrid Rocha
Jeferson Nunes Ramos, marido de Gisele Cristina Oliskowiski, de 40 anos, alegou que matou a companheira após receber três tapas no rosto durante uma discussão. O crime aconteceu na noite deste sábado (1º), no bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS). A morte de Gisele é o 6º feminicídio registrado neste ano em Mato Grosso do Sul.
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Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por testemunhas que presenciaram o crime. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram o suspeito amarrado, para evitar que ele fugisse.
No quintal da residência estava o corpo da vítima, dentro de um poço, parcialmente carbonizado. O local foi isolado até a chegada da Polícia Civil e Perícia.
Os sobrinhos de Jeferson relataram que o tio estava discutindo com Gisele, quando ela desferiu os tapas. Neste momento, o homem pegou uma pedra e acertou a cabeça da vítima, que caiu no chão. Logo após, ele arrastou o corpo dela até o poço, onde ateou fogo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para ajudar na retirada da vítima. O suspeito resistiu no momento da prisão, mas acabou sendo levado à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher. A audiência de custódia está prevista para acontecer na manhã desta segunda-feira (3).
Feminicídios em Mato Grosso do Sul
O primeiro feminicídio do ano aconteceu no dia 1º de fevereiro, em Caarapó, quando o ex-companheiro de Karin Corin, de 29 anos, atirou contra a jovem. Ele também matou a amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 32 anos, que estava na loja onde as duas foram atacadas pelo homem.
O segundo crime foi a indígena Juliana Dominguez, de 28 anos, morta a golpes de foice durante a noite. O principal suspeito de cometer o crime é o companheiro da jovem, que fugiu após o crime.
O terceiro caso é o da jornalista e criadora de conteúdo, Vanessa Ricarte, de 42 anos. Ela foi brutalmente atacada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. A morte de Vanessa resultou em discussões sobre a reformulação da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. A jornalista foi morta hora após pedir medida de proteção contra o ex-noivo.
O quarto caso ocorreu sábado (22), a jovem Mirieli Santos, de 26 anos, foi baleada pelo ex-marido, em Água Clara. O suspeito chegou a levar a mulher ao hospital, mas fugiu. A defesa do homem alega que o tiro foi acidental.
Emiliana Mendes, de 65 anos, foi a quinta vítma deste ano, na última segunda-feira (24), no município de Jutí, cidade distante 310 Km de Campo Grande. Segundo a polícia, o corpo da vítima foi encontrado em uma quitinete e teria sido arrastado pelo autor do crime até o local, na tentativa de forjar morte natural. Contudo, a suspeita é a de que a mulher foi esganada em um terreno baldio.
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