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Nova pesquisa desenvolvida na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, desafia a comunidade científica sobre o funcionamento dos vulcões ativos. Ao contrário do que se acreditava anteriormente, os corpos de magma ficam sempre ativos, mesmo quando os vulcões estão dormentes.
![Corpos de magma Corpos de magma de um vulcão](https://static.ndmais.com.br/2025/02/vulcao-800x450.jpg)
Corpos de magma ficam ativos mesmo em vulcões adormecidos – Foto: Reprodução/ND
O estudo, publicado na Nature Geoscience, foi liderado pelo pesquisador de pós-doutorado Guanning Pang, em parceria do professor de ciências geológicas, Geoffrey Abers.
Usando ondas sísmicas, os cientistas analisaram as câmaras de magma abaixo de seis vulcões de tamanhos e dormências variados dentro da Cordilheira Cascade, região com diversos vulcões classificados como “ameaça muito alta”.
Dentro dos vulcões, incluindo os dormentes, os corpos de magma estavam persistentes e consideráveis, inclusive no Crater Lake, no Oregon, inativo há milênios.
“Parece que esses corpos de magma existem abaixo dos vulcões durante toda a sua vida, não apenas durante um estado ativo”, apontou Pang.
O que muda com a pesquisa sobre os corpos de magma?
O cientista aponta que a pesquisa pode auxiliar no monitoramento e ajudar a prever futuras atividades vulcânicas.
![Cordilheira Cascade Cordilheira Cascade, onde foi realizada a pesquisa](https://static.ndmais.com.br/2025/02/cordilheira-cascade-1-800x400.jpg)
Cordilheira Cascade, onde foi realizada a pesquisa – Foto: iStockphoto/ND
“Costumávamos pensar que se encontrássemos uma grande quantidade de magma, isso significaria maior probabilidade de erupção, mas agora estamos mudando a percepção de que esta é a situação básica”, explicou.
A pesquisa sugere que uma erupção não drena completamente uma câmara de magma, em vez disso, libera parte do excesso de volume e pressão. Desta forma, a câmara pode ser lentamente expandida e recarregada ao longo do tempo devido ao derretimento gradual da crosta.
“Se tivéssemos uma melhor compreensão geral de onde o magma está, poderíamos fazer um trabalho muito melhor de segmentação e otimização do monitoramento”, disse Abers, observando que há “muitos vulcões que são escassamente monitorados ou não foram submetidos a estudos intensivos”.