Clécio deixou obras que compõem o acervo de grandes museus, além de já terem sido expostas em vários estados brasileiros, no Japão e na Alemanha. Clécio Penedo
Divulgação
A morte de Clécio Penedo, considerado um dos grandes artistas visuais do país, completa 20 anos nesta quarta-feira (17). Nascido em Bom Jardim (MG) no dia 14 de dezembro de 1936, mas radicado em Barra Mansa (RJ), Clécio faleceu no dia 17 de janeiro de 2004, aos 67 anos, vítima de câncer.
Suas obras já foram expostas até no Japão e Alemanha e passaram pelos principais museus do Brasil, entre eles o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu Histórico Nacional, ambos no Rio de Janeiro, o Museu Lasar Segall, em São Paulo, e o Museu Imperial, em Petrópolis.
Com olhar atento para causas sociais, Clécio teve uma carreira muito ligada aos povos originários. Segundo Ayrton Costa, professor de artes visuais e conhecedor da história de Clécio Penedo, as obras do artista com figuras indígenas tinham um cunho de denúncia.
“O interesse dele (pelos indígenas) surgiu na década de 70. Para ele, os povos indígenas eram uma forma de representar o próprio povo brasileiro diante dos dilemas internos do país e das ameaças externas. Era uma época que o indígena, que sofreu desde o início da colonização, buscava sua autonomia e seus direitos, de terra e de cultura. De existirem. O trabalho dele com a figura indígena tem um cunho de denúncia sobre a situação dos próprios povos indígenas”, explicou Ayrton.
Entre as obras de destaque do artista estão: One Dollor (1979), A Ceia (1992), e Time (1979). No período em que frequentou a Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, na década de 1950, ele produziu diversas séries, destacando-se “Geróticos”, “A Revolta da Chibata”, “Corpo Sem Cabeça”, e “És Tupi do Brasil”.
One Dollor (1979)
“One Dollor”, obra de Clécio Penedo
Divulgação/cleciopenedo.wixsite.com
A Ceia (1992)
“A Ceia”, obra de Clécio Penedo
Divulgação/cleciopenedo.wixsite.com
Time (1979)
“Time”, obra de Clécio Penedo
Divulgação/cleciopenedo.wixsite.com
Legado deixado em Barra Mansa
Fundação Cultura de Barra Mansa abre inscrições para exposição na Galeria Clécio Penedo.
Reprodução/Prefeitura de Barra Mansa
Clécio chegou em Barra Mansa muito jovem, aos cinco anos de idade, e deixou um legado para a eternidade. As homenagens ao artista na cidade são tantas que Clécio Penedo se tornou nome de escola, galeria de arte, rua e honraria para medalha de mérito cultural.
O município também tem o Instituto Cultural Clécio Penedo, que abriga as obras do artista. O espaço, situado na Rua Álvaro Gonçalves, no bairro Verbo Divino, fica aberto para visitação. Os próprios familiares que ajudam a conservar o local.
Siga o g1 no Instagram | Receba as notícias no WhatsApp
VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul
20 anos sem Clécio Penedo: artista visual mantém legado vivo em Barra Mansa
Adicionar aos favoritos o Link permanente.