Eletronuclear vai pagar dívida à prefeitura por cessão de terreno para construção da usina nuclear Angra 3


Empresa se comprometeu a pagar R$ 264 milhões em cinco parcelas, desde que o governo municipal apresente projetos que totalizem esse valor. Dívida existe há 14 anos e tem previsão para ser quitada em 2027. A Eletronuclear e a Prefeitura de Angra dos Reis (RJ) entraram em acordo para o pagamento de uma dívida antiga que ultrapassa R$ 264 milhões pela cessão do terreno da usina nuclear de Angra 3.
Em 2009, a empresa assinou um termo de compromisso com o governo local e se comprometeu a investir em projeto socioambientais da cidade em contrapartida ao espaço cedido. No entanto, esse investimento nunca ocorreu.
Cerca de 14 anos depois, as partes se acertaram em uma reunião na Câmara Municipal de Angra, na quinta-feira (13). O encontro contou também com representantes de cidades próximas da Central Nuclear, que também serão recompensadas financeiramente por questões socioambientais: Rio Claro receberá R$ 22 milhões e Paraty, R$ 40 milhões.
ANgra 3 em construção
Eletronuclear
Ficou estabelecido que a dívida será quitada em cinco parcelas — a primeira delas neste ano, desembolsando algo próximo de R$ 24 milhões. As demais serão pagas até 2027, no valor de R$ 59,8 milhões por ano.
A empresa se comprometeu a pagar o valor total da dívida desde que o governo municipal mostre projetos que totalizem essa quantia. Segundo a prefeitura, alguns desses projetos já foram, inclusive, apresentados à Eletronuclear. São eles:
Construção do trecho ecológico do Parque da Chácara
Ampliação do sistema de abastecimento e armazenamento de água do Bracuí
Ampliação do sistema de captação e adução de água do rio Mambucaba
Reforma da sede da Defesa Civil e aparelhamento de embarcações
Dívida já deixou obra embargada
O atraso no repasse financeiro ao município foi um dos motivos que levou a obra da usina nuclear de Angra 3 ser embargada em abril pela prefeitura, que também alegou que era necessário uma mudança de projeto urbanístico.
A construção ficou paralisada por um mês. No dia 25 de maio, a Eletronuclear conseguiu uma liminar suspendendo o embargo.
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