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Uma das festas mais famosas do mundo começou: o Carnaval de 2025! E entre as principais características, estão o brilho, as cores e a criatividade nos looks.
Porém, o glitter, aquele pozinho brilhante que ajuda na composição da fantasia, possui um grande impacto ambiental, já que seus pigmentos cintilantes geralmente contêm substâncias tóxicas ou microplásticos que poluem. Além disso, uma vez no chão, é difícil de ser removido.
A especialista e consultora em ESG (Ambiental, Social e Governança), Luana Ferreira, explicou ao Portal iG que o glitter tradicional já foi encontrado em mais de 8 milhões de toneladas de resíduos nos mares, nos animais e até no próprio corpo humano.
Quando a folia acaba, o brilho do glitter acaba indo para o sistema de esgoto. Por se tratar de partículas minúsculas, elas passam pelos filtros de tratamento de água e acabam em rios, lagos e oceanos. Essas partículas podem durar décadas no ambiente, fragmentando-se em pedaços ainda menores, mas sem desaparecer.
Além disso, ao chegar no ambiente aquático, pode prejudicar ecossistemas com substâncias químicas tóxicas, como antibióticos e pesticidas, e transportá-las por longas distâncias, podendo chegar até a nossa mesa, por meio do consumo de peixes e frutos do mar.
“Recomendamos o uso de glitter biodegradável ou a adoção de alternativas, como a mica. Outra sugestão é substituir o glitter por mais maquiagem ou adereços que não contenham plástico”, explica.
A mica, um mineral biodegradável frequentemente encontrado na areia das praias, proporciona um brilho suave e uniforme à pele. Seu efeito luminoso combina perfeitamente com o clima do carnaval e surge como uma alternativa sustentável.
Ferreira acrescenta que o plástico é um problema mundial e que os brasileiros consomem muito dessa matéria-prima, contribuindo para a poluição local e global.
“O glitter produzido com mica é uma opção interessante, assim como outros adereços e maquiagens veganas, que apresentam menor impacto ambiental em comparação com o glitter tradicional”, concluiu.