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No período de calor, a procura por piscinas e represas aumenta e os cuidados para evitar acidentes devem ser redobrados, segundo o especialista. Moradores participando de aulas de hidroginástica em Itaporanga (SP)
Prefeitura de Itaporanga/Divulgação
Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático apontou que, em 2023, um brasileiro morreu afogado a cada 90 minutos, chegando a 5.883 mortes no ano. Com os termômetros chegando aos 37,4°C em Pereiras (SP), na semana passada, os moradores buscam alternativas para se refrescar, mas a falta de cuidados pode resultar em acidentes.
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Conforme os dados, 76% dos óbitos de 2023 ocorreram em rios, lagos e represas. Os homens foram as principais vítimas dos afogamentos.
Em Itaberá (SP), um homem de 41 anos que estava desaparecido desde domingo (16), no Rio Verde, foi encontrado sem vida na terça-feira (18). O corpo dele estava a aproximadamente dois quilômetros do ponto onde foi registrado o desaparecimento.
Professor de natação dá dicas para evitar afogamentos
Por isso, o professor de natação Érick Santos Melo alerta sobre os cuidados necessários em piscinas, lagos, represas e rios: “Primeiramente, a gente tem que ter muito cuidado com locais desconhecidos, rios, correntezas muito fortes, evitar entrar em lagos que a gente não conhece”, explica.
Conforme o professor, as crianças precisam estar sempre acompanhadas e os adultos precisam saber a profundidade do local antes de permitir que elas entrem para se refrescar.
“Nunca deixar sozinho e, se você vir alguém se afogando, não tente pular, jogue alguma coisa para a pessoa pegar. Às vezes, a gente está nadando, acontece de dar câimbras e, na hora, a gente se apavora, entra em desespero e vai agarrar na pessoa que tentar ajudar, que pode acabar se afogando junto”, reforça o professor.
Érick explica que, se não tiver espumas flutuadoras ou boias no momento do afogamento, é possível utilizar outros objetos, como uma garrafa pet com a tampinha fechada.
Especialista de natação dá dicas para evitar afogamentos
Reprodução/TV TEM
Em casos de rios ou lagos, os cuidados aumentam, segundo o professor de natação: “Porque a gente não conhece, não sabe se tem sujeiras, galhos. Então, é sempre bom frequentar lugares como piscinas, que contenham salva-vidas, lugares que realmente conhece, com águas cristalinas”.
O especialista reforça a importância da atenção dos pais na hora de escolher as roupas dos filhos, pois algumas cores podem dificultar na hora da supervisão na água: “Papais, mamães, cuidado com roupas claras. Não utilizar azul ou verde, sempre roupas coloridas, e nunca deixar criança sozinha”.
Rio Verde em Itaberá (SP)
Reprodução/Portal Junto e Misturado
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